Categoria Geral  Noticia Atualizada em 24-07-2013

Papa Francisco embarca para Aparecida; 14 mil homens fazem segurança do pontífice no Rio
Na cidade, o líder religioso será recebido por autoridades e visitará o Santuário Nacional de Nossa Senhora.
Papa Francisco embarca para Aparecida; 14 mil homens fazem segurança do pontífice no Rio
Foto: www.correio24horas.com.br

O papa Francisco vai usar uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para se deslocar do Rio até São José dos Campos, a 97 km de São Paulo e, depois, seguindo para a cidade de Aparecida. A decisão foi tomada devido ao mau tempo que atingiu os estados de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Inicialmente, o líder religioso partiria de helicóptero do Sumaré, onde está hospedado na Zona Norte do Rio, até Aparecida. Ao chegar em São José dos Campos, o pontífice irá de carro fechado, a depender do tempo, para o Santuário de Aparecida, onde realiza uma missa por volta das 10h30.

Na cidade, o líder religioso será recebido por autoridades e visitará o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, o Seminário Bom Jesus e a Arquidiocese. Depois, ele retorna ao Rio e participa de uma cerimônia com dependentes químicos no hospital São Francisco.

14 mil homens fazem segurança
Para que o papa Francisco possa beijar crianças, circular com o vidro do carro aberto e manter contato próximo com o povo, foi montada uma verdadeira operação de guerra no Rio de Janeiro, que abriga a Jornada Mundial da Juventude até o próximo domingo.

O aparato policial, maior efetivo de segurança já colocado à disposição de uma autoridade estrangeira, conta com um efetivo de 14 mil pessoas. Destas, 10,2 mil são militares das Forças Armadas e as demais são policiais militares e agentes dos órgãos de segurança e ordem pública, como da Defesa Civil, da Polícia Civil e Corpo de Bombeiros.

De acordo com o jornalista e especialista em Segurança Pública Ricardo Bonalume Neto, um aparato como esse é indispensável, sobretudo pela característica do pontífice. "Proteger uma personalidade que faz questão de manter contato com a população, como é o caso do papa Francisco, é o pior pesadelo para os especialistas em segurança. O que não está previsto, tudo aquilo que foge do roteiro original, pode ser a origem de um incidente", disse Bonalume em artigo na Folha de São Paulo.

Estratégia
Ao todo, serão mobilizados 8.600 homens do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Desse número, 1.200 militares do Exército serão responsáveis por guardar as 14 instalações consideradas estratégicas, incluindo as usinas de Angra.

Nessa missão, estão soldados e oficiais com experiências em ações internacionais, como a missão de paz no Haiti. Muitos deles também participaram, em 2010, da ocupação das favelas do Complexo do Alemão, na Zona Norte.

Outros 4.600 homens cuidarão da segurança da área onde haverá a missa campal, em Guaratiba, na Zona Oeste.

O Complexo da Maré, um conjunto de 15 favelas dominado, será vigiado por 800 fuzileiros navais. A Polícia Militar ocupará quatro outras favelas com 45 mil moradores, situadas no bairro de Santa Cruz, próximo ao local da missa papal em Guaratiba.

Na agenda do papa está prevista uma visita à favela da Varginha, no Complexo de Manguinhos, na Zona Norte, que hoje é ocupada pela polícia.

Multidão
O principal temor das autoridades de segurança é a quantidade de pessoas que vão circular na capital carioca durante os dias de evento - previsão é de dois milhões. A ideia é garantir a segurança papal, sem fazer com que a cidade se assemelhe a um campo de guerra. Tanques, por exemplo, não estarão circulando nas ruas.

Soldados também permanecerão aquartelados, prontos para agir, caso haja algum problema mais grave. De acordo com o Exército, mais de mil homens que ficam em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, poderão intervir na orla da Praia de Copacabana, onde o papa assistirá à encenação da Via-Sacra.

Até o espaço aéreo nos locais onde o papa estiver cumprindo agenda ou apenas descansando ganhará status de "área vermelha", permanecendo fechado para voos.

"Estaremos protegendo 18 estruturas estratégicas das áreas de abastecimento de água, energia, telecomunicações e transporte de modo a permitir que o evento transcorra sem problemas", explicou o comandante da 1ª Divisão de Exército e do Centro de Coordenação e Defesa Área (CCDA), do Rio, José Alberto da Costa Abreu.

Em caso de alguma aeronave ultrapassar o limite permitido, a Força Aérea está autorizada a acionar caças F-5, turboélices Super Tucanos ou helicópteros H-60 para interceptar o avião. A Marinha patrulhará ainda as baías de Guanabara e Sepetiba.

O 1º Distrito Naval deverá operar com 20 embarcações, incluindo dois navios patrulhas oceânicos, com autonomia para ficar mais de 30 dias no mar e estrutura física para abastecer aeronaves.

Custos De acordo com o Ministério da Defesa, foram gastos com as Forças Armadas o montante de R$ 27,5 milhões. Já o governo federal vai tirar do bolso dos cofres públicos R$ 30 milhões com segurança pública. Somado a isso as despesas do governo e prefeitura do Rio de Janeiro, a operação de guerra vai gastar R$ 110 milhões.

Fonte: www.correio24horas.com.br
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir