Categoria Educação  Noticia Atualizada em 03-08-2013

Justiça anula nomeação de reitora da PUC-SP após recurso dos estudantes
Quadrilha teria relação com facção criminosa que atua no estado. Um dos chefes do grupo comandava a operação de dentro de presídio.
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Foto: g1.globo.com

Vinte e oito pessoas de uma facção criminosa foram presas nesta sexta-feira (2), numa operação que teve como base a cidade de São Bernardo do campo, na Grande São Paulo. Segundo a polícia, a droga saía de São Bernardo do Campo e abastecia 1,5 mil pontos em todo o estado.

A cela da delegacia de São Bernardo do Campo ficou pequena para tanta gente. E chegavam mais suspeitos a todo o momento. Quinze investigados pela polícia foram presos em São Bernardo, Diadema, Santo André, Mauá e Praia Grande, na Baixada Santista.

A ação é para desarticular a parte financeira da facção. Cerca de 250 policiais participam da operação, que apreendeu também tijolos de drogas, dinheiro, celulares e computadores. O SPTV apurou que os chefes da quadrilha serão levados para presídios de segurança máxima, alguns até para fora do Estado de São Paulo.

Segundo as investigações, Nelson Moreira Marques é o responsável pela contabilidade e pela arrecadação do dinheiro no Estado de São Paulo. Na casa dele, a polícia encontrou anotações com a movimentação financeira da quadrilha e uma pequena quantidade de drogas.

Walter Carlos Galdino de Oliveira é suspeito de comandar as atividades em São Bernardo.

Com ele, os investigadores apreenderam dinheiro, pendrives e computadores.

A investigação, que durou 5 meses, tinha o objetivo de desarticular os criminosos que cuidavam do dinheiro arrecadado com o tráfico de drogas. Os policiais descobriram que um dos chefes da facção, que está no presídio de Presidente Venceslau II, considerado de segurança máxima, usava um telefone celular para dar ordens ao grupo. Conversas gravadas com autorização da justiça mostram o detento mandando consertar um carro para pagar uma dívida.

A quadrilha trazia a droga da Bolívia, via Corumbá e Campo Grande, em Mato Grosso do Sul.

Depois, a carga vinha para São Bernardo do Campo, onde ficava estocada em galpões alugados e era distribuída para 1,5 mil pontos de venda no estado, as conhecidas "bocas de fumo". O dinheiro também vinha de sequestros. Uma gravação foi feita pouco antes de um cativeiro ser descoberto pela polícia. No áudio, a vítima grita por socorro e o vigia pergunta ao chefe o que fazer.

A Secretaria de Administração Penitenciária informou que "a administração da Penitenciária II de Presidente Venceslau realiza, diariamente, revistas em celas e em presos que lá cumprem pena". Segundo a SAP, a revista em funcionários e em visitantes de presos é "bastante rigorosa".

Apesar disso, "lamentavelmente, no interior da Unidade Penal em questão neste ano foram apreendidos sete celulares", disse. A secretaria acrescentou que os testes de equipamentos de bloqueios de celular terminaram em 30 de julho e está sendo preparado o edital de licitação, que deve ser lançado neste mês.

Esquema criminoso

As investigações mostram que, em cada região do estado, existe um titular para cada posto que é cobrado diariamente para se manter no domínio do tráfico. Eles cometem crimes com o objetivo de arrecadar dinheiro para a facção - o chamado "batismo".

Segundo a a Delegacia de Investigação sobre Entorpecentes (Dise) de São Bernardo, a arrecadação do dinheiro é realizada mensalmente por todos os integrantes da facção, independente de estar preso ou em liberdade com o objetivo de manter a estrutura da organização criminosa. A "cebola" ou "caixa" de R$ 850 deve ser pagar mensalmente pelos criminosos.

As investigações apontam ainda que todos os integrantes da organização precisam adquirir um talão de uma rifa de R$ 650. Os áudios monitorados mostram que a rifa conseguiu arrecadar em oito regiões no estado R$ 605 mil. Se houver pendência no pagamento mensal de qualquer taxa, o integrante da quadrilha fica sujeito a penas e pode até ser morto.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir