Categoria Geral  Noticia Atualizada em 05-08-2013

Manifestantes seguem acampados em frente a palácio do governo em SP
Ato pede saída de Geraldo Alckmin e explicações sobre suposto cartel. No domingo (4), jovem chegou a ser detido suspeito de pichação.
Manifestantes seguem acampados em frente a palácio do governo em SP
Foto: midiacon.com.br

Depois de passarem mais uma noite em frente ao Palácio dos Bandeirantes, na Zona Sul da capital, manifestantes seguem acampados no local, na manhã desta segunda-feira (5). Com barracas de camping e cartazes, jovens protestam desde a madrugada de sábado (3) no chamado "Ocupa Alckmin". O ato, convocado por redes sociais na internet, pede a saída do governador Geraldo Alckmin e cobra esclarecimentos de um suposto cartel para licitações nas obras de trens e metrôs em São Paulo.

Os manifestantes se dizem apartidários e representantes da sociedade civil, sem ligação com movimentos organizados. Apesar da animosidade entre manifestantes e policiais militares desde o início do protesto, não houve confronto até esta segunda.

Manifestante detido
Na madrugada de domingo (4), o técnico em informática Luís Gustavo Mendanha Chavez, de 23 anos, foi preso suspeito de ter pichado a frente do Palácio dos Bandeirantes. Ele participava do protesto em frente à sede do governo com outros 20 manifestantes desde a manhã de sábado.

"Fui meio que um bode expiatório", declarou ao G1, em uma unidade de uma rede de Fast food na Avenida Faria Lima, onde almoçou com seu advogado depois de ser liberado pela Justiça, ainda no domingo.

A parede já foi repintada. Os manifestantes passaram a ser monitorados por uma câmera da PM, assim como o muro. Apesar de o acusado negar o crime, a Polícia Civil chegou a arbitrar uma fiança de R$ 5 mil para liberá-lo.

Mal súbito
Uma ativista de aproximadamente 20 anos, conhecida por Laila Cadete, segundo os manifestantes disseram ao G1, demorou mais de 3 minutos para ser atendida pelos policiais militares que faziam a proteção do Palácio dos Bandeirantes e mais 20 minutos pela ambulância do Corpo de Bombeiros. Ela teria tido um ataque epilético. O caso foi publicado no YouTube.

"Foi omissão de socorro. Não importa a ideologia deles, a questão ali é que um ser humano precisava de atendimento médico e os policiais militares se recusaram a atendê-la. Um deles chegou a dar risada quando pediram ajudar para ele dar os primeiros socorros, já que todo policial militar é treinado para isso", criticou Silas Souza, de 31 anos, que trabalha para a Aquário TV com transmissões ao vivo do protesto.

De acordo com o Twitter dos Bombeiros, as 7h29 a manifestante teve um "mal súbito" na avenida em frente à sede do governo e foi levada ao Pronto-Socorro do Hospital Bandeirantes.

Procurada para comentar as denúncias de ativistas contra os policiais e bombeiros, a Secretaria da Segurança Pública do Estado de SP informou que "nega ter ocorrido qualquer tipo de omissão de socorro" por parte dos agentes.

De acordo com a pasta, Laila Cadete recebeu os primeiros atendimentos de um policial do Palácio e depois foi socorrida por uma ambulância. A respeito da acusação dos manifestantes de ter havido demora para atender a ativista, já que eles comunicaram que a moça passava mal às 7h20, a secretaria alegou que os policiais estavam se certificando antes se o fato era real, pois durante o protesto eles recebiam provocações a todo o momento dos manifestantes. Somente após se certificarem que havia uma jovem passando mal eles fizeram o primeiro atendimento às 7h25.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir