Categoria Geral  Noticia Atualizada em 08-08-2013

Meu pai evitou que eu ficasse tetraplégica, conta leitora
Confira relatos dos internautas sobre o orgulho que sentem pelos pais. Mande também a sua história para o VC no G1.
Meu pai evitou que eu ficasse tetraplégica, conta leitora
Foto: g1.globo.com

O G1 está publicando nesta semana que antecede o Dia dos Pais de 2013 os melhores relatos sobre uma situação em que você tenha sentido orgulho de seu pai - ou da pessoa que você considera o seu pai.

Na terça (6), foi a vez da história do Diego Silva de Oliveira, cujo pai enfrentou horas mal dormidas para conseguir se formar em administração e servir de exemplo para a trajetória da família. Veja abaixo mais três momentos que marcaram a vida dos leitores.

Para mandar você também o seu relato, escreva para o VC no G1 e coloque a imagem junto.

Pode ser tanto de algo diretamente relacionado ao momento ou apenas de você ao lado dele.

Não se esqueça de dizer seu nome, o nome do seu pai e dar os detalhes sobre essa atitude que fez você se encher de orgulho.

Se você quiser utilizar um iPhone ou um smartphone com a plataforma Android para registrar e enviar as imagens, basta usar o aplicativo específico do VC no G1.

Um acidente. E um salvamento. "Em 1998, voltando de viagem com meu avô, o carro em que estávamos derrapou numa curva da rodovia MG-353, entre Rio Novo e Juiz de Fora (MG), e capotamos, caindo em uma ladeira de uns 18 metros. Meu pai, que estava em outro carro, viu o acidente pelo retrovisor e não pensou duas vezes: fez o retorno na estrada, saltou do carro dele e desceu a ribanceira.

Ao encontrar o carro do meu avô, prestou os primeiros socorros e acionou o serviço de urgência. Naquele momento, eu estava presa nas ferragens e a decisão dele, que é fisioterapeuta, foi fundamental na preservação da minha integridade. Meu pai orientou os socorristas no atendimento e exigiu a presença do médico da equipe junto ao veículo.

Com a avaliação médica, o protocolo de atendimento foi mudado: ao invés de apenas usarem um cordão cervical e um cobertor para me tirarem do carro e depois me colocarem em uma maca (o que meu pai insistia que poderia afetar minha coluna), foi colocada uma prancha de madeira embaixo do meu corpo e me retiraram já com a coluna estabilizada.

Após os exames no hospital, o neurocirurgião que me atendeu explicou que se não fosse o socorro perfeito do meu pai, eu teria ficado tetraplégica! Se não fosse o meu pai, talvez eu não conseguisse digitar essa história. Tenho muito orgulho e amor pelo meu pai!"

Com mais três bocas para alimentar, meu avô, já aposentado, continuou trabalhando. "Meu avô, Adolpho Fortino, é uma pessoa muito batalhadora, que sempre lutou muito para construir um futuro digno para minha família. Particularmente, o meu amor por ele é maior que tudo, pois ele, sim, é meu pai, me criou como filho. Quando eu tinha, mais ou menos, 6 anos, meu pai biológico saiu de casa, deixando minha mãe, Lavinia Fortino, com 2 filhos para cuidar, um apartamento para pagar e sem emprego.

Meus avós, que já tinham criado quatro filhos, nos levaram para morar com eles, enquanto o apartamento em que morávamos fosse alugado, para virar uma fonte de renda. Com mais três bocas para alimentar, meu avô, já aposentado, continuou trabalhando para oferecer o que nós não havíamos condições de ter. Lutou diariamente, com um único objetivo: nos dar a possibilidade de seguir nossos próprios passos futuramente.

Pagou a faculdade de direito para minha mãe, que havia trancado na época em que se casou para cuidar de mim e de minha irmã, Flávia Fortino. Ele também fez questão de colocar eu e minha irmã em um colégio particular, nos deu tudo que precisávamos para crescer e amadurecer, sempre com humildade e muito amor.

Hoje eu sou formado em direito, exatamente como ele e minha mãe. Agora moramos separados, minha mãe e eu voltamos ao apartamento antigo. Porém ainda estamos em bairros vizinhos, o relacionamento é muito bom. Todo mundo sabe que eu faço tudo por ele. Ele é meu orgulho maior! É meu exemplo, e todos meus atos são um espelho do que aprendi com ele. Meu objetivo na vida é ajudar o próximo, exatamente como ele fez conosco!

Devo tudo na minha vida à ele e minha avó, que sempre nos trataram como filhos. É impossível descrever em palavras o que sinto por você vô! Te amo demais vôzinho, te amo demais meu pai! Parabéns pelo seu dia!"

Na terceira descida e já sem forças, senti alguém me pegando. "Meu herói se chama Genival dos Santos. Há 32 anos, minha família foi a passeio para o Paraná. Paramos para um piquenique, e minhas irmãs e eu andamos na direção contrária à turma na estrada de terra.

Havia do outro lado um pequeno lago, que ao meu ver não era perigoso, até mesmo porque crianças de 7 anos não analisam possíveis riscos. Fui para um lado diferente ao das minhas irmãs, e quando comecei a andar e molhar os meus pés senti que estava pisando numas pedras escorregadias. Escorreguei e afundei num buraco embaixo d água.

Eu me batia muito para subir à superfície e realmente subia, mas logo descia novamente. Na terceira descida e já sem forças, senti alguém me pegando. Ele estava lá, meu pai. Disse que olhou para o nosso lado e viu só as minhas irmãs e ao lado, a água se mexendo. Não pensou duas vezes, pulou na água e salvou a minha vida.

Assim que ele me tirou da água, suspirei e disse: "Obrigado, pai!". Estou emocionado agora, pois sempre que me lembro dessa história eu choro. Foi um momento em que senti que estava realmente perdendo a vida, e meu herói me salvou. Obrigado, pai!"

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir