Categoria Geral  Noticia Atualizada em 12-08-2013

"A gente não está aguentando mais", diz tio de suspeito de matar pais
Depoimento à Polícia Civil de SP durou mais de três horas. Investigadores querem ouvir outros parentes para traçar perfil das vítimas.

Foto: g1.globo.com

O tio-avô do adolescente Marcelo Pesseghini, de 13 anos, suspeito de matar os pais, a avó e uma tia-avó, prestou depoimento na manhã desta segunda-feira (12), em São Paulo.

Sebastião de Oliveira Costa foi ouvido na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) por mais de três horas. Ele foi chamado pela polícia porque disse em diversas entrevistas não acreditar que o sobrinho tenha matado a família e se suicidado na sequência, entre a noite de domingo (4) e a madrugada de segunda (5).

Costa disse que a família ainda está chocada com o crime e reclamou do assédio em torno do assunto. "Eu quero ter um pouco de sossego, a gente não está aguentando mais. A família está sofrendo, não está podendo trabalhar", disse.

Questionado novamente se a família acredita que o adolescente não seja o autor dos crimes, Costa respondeu que não irá mais se manifestar sobre o assunto. "Não vou falar mais nada.

Muitas vezes a gente falando alguma coisa até atrapalha a investigação", afirmou o tio-avô.

A testemunha entregou à polícia uma chave encontrada neste domingo (11) por uma equipe de reportagem, perto do portão da casa onde ocorreu o crime. O tio não soube dizer se a chave, que estava enrolada em um papel, é da casa da família.

Desde o início das investigações, no dia 5, a Polícia Civil já ouviu 21 pessoas. Outros parentes serão chamados para depor ao longo desta semana - a polícia tentar traçar um perfil da família Pesseghini.

Aulas retomadas

Nesta manhã, as aulas na escola onde estudava Marcelo foram retomadas. A direção do Colégio Stella Rodrigues, onde o garoto estudou por oito anos, contratou profissionais especializados para orientar professores e funcionários para acolher os alunos. Nesta manhã, os portões foram abertos às 6h30. A movimentação foi grande em frente à escola, mas os pais evitaram o contato com a imprensa.

Desde terça-feira (6), as aulas estavam suspensas. A última vez que a criança foi à escola foi há uma semana, no dia 5. Câmeras de segurança registraram o momento em que ele chegava ao estabelecimento. Essa foi a última vez que ele foi visto.

A família não acredita que a criança tenha assassinado os parentes. Em entrevista ao Fantástico, exibida neste domingo (11), o tio de Marcelo Pesseghini, irmão do policial da Rota Luís Marcelo Pesseghini, mostrou uma carta feita pelo garoto no Dia dos Pais de 2012.

No texto, o garoto diz que ama o pai e o felicita pela data. "Pai, você é o melhor pai do mundo inteiro eu sempre vou te amar, um grande beijo e feliz dia dos pais", diz o bilhete.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir