Categoria Geral  Noticia Atualizada em 19-08-2013

Acampamento em frente à casa do prefeito do Rio termina após 17 horas
Muro da residência de Eduardo Paes, na Gávea Pequena, foi pichado. Manifestantes protestaram contra remoções para Olimpíadas de 2016.
Acampamento em frente à casa do prefeito do Rio termina após 17 horas
Foto: www.ribeiraopretoonline.com.br

Após cerca de 17 horas de acampamento na porta da residência oficial do prefeito do Rio, Eduardo Paes, na Estrada da Gávea Pequena, Zona Sul da cidade, os manifestantes deixaram o local por volta das 10h deste domingo (18). O grupo, que protesta contra a política de remoções da prefeitura para as Olimpíadas de 2016, desmontou as barracas e tendas nesta manhã, mas deixou sua marca pelo local. O muro da casa do prefeito foi pichado com os termos "Remove o Paes" e "SMH 171". E na entrada da casa foram jogados cascalhos pelo chão e colocada uma cruz.

Equipados com barracas de acampamento, tendas e mantimentos, os manifestantes chegaram em frente à residência oficial do prefeito por volta das 17h de sábado (17) e combinaram fazer uma vigília na porta de Paes, a exemplo do que aconteceu na casa do governador Sérgio Cabral, no Leblon, na Zona Sul do Rio. Nenhum representante do governo foi conversar com os integrantes do movimento.

Mesmo com o frio e a chuva no Rio, o grupo passou a noite em frente à casa de Paes. A manifestação foi pacífica. No início da noite de sábado (17) muitos agentes da Polícia Militar cercavam a residência; já neste domingo, havia apenas alguns agentes.

Uma hora de caminhada
No sábado, cerca de 200 manifestantes chegaram à porta de Paes após quase uma hora de caminhada. "Nós trouxemos mantimentos, uma lona para nos ajudar se chover", disse Clara Silveira, do Movimento Nacional de Luta pela Moradia, ao chegar em frente à casa do prefeito.

A concentração do protesto, chamado de "Remove Paes", foi numa praça próximo ao Colégio Santa Marcelina, no Alto da Boa Vista, Zona Norte do Rio.

Em um carro de som, um representante do grupo anunciava a vigília na porta da casa do prefeito. "Trouxemos material para fazer uma fogueirinha e bastante casaco. Ninguém aqui tem medo de frio, todo mundo tem disposição para lutar", disse o representante no microfone.

Uma manifestante que não quis se identificar conversou com os comandantes do 6º BPM (Tijuca) e do 23º BPM (Leblon) sobre a situação dos integrantes do protesto. "Deixei claro que esta é uma manifestação com pessoas idosas, com crianças e bebês que têm saúde frágil.

Disse também que um ofício sobre este protesto foi enviado à Prefeitura do Rio e que nós temos autorização para estar aqui. E, por último, que se o critério para a utilização da força policial for o uso de máscaras, aqui não tem ninguém mascarado", disse ela.

Contra remoções
Maria do Socorro, da comissão da comunidade da Indiana, na Tijuca, Zona Norte, teve uma reunião com o prefeito na quinta-feira (7). Segundo ela, Paes prometeu ir até a comunidade nesta segunda-feira (19).

"Falei com o prefeito que ele tem que ir lá dizer que não vai remover a Indiana. Ele falou isso para mim no gabinete dele e agora quero que fale para todo mundo. É uma briga enorme lá. Tem 120 pessoas querendo sair e 500 querendo ficar. Indiana não é comunidade de alto risco. Não temos que ser removidos de lá", afirmou Maria do Socorro.

Ronaldo Bastos, de 54 anos, foi retirado de Tubiacanga. "Já fui removido três vezes. Morei nas Flecheiras, quando veio a construção do aeroporto velho. Fomos mandados para Itacolumi até resolverem ampliar o aeroporto e nos remover para Tubiacanga, onde já tinha uma colônia de pescadores. Agora fomos informados de que seríamos removidos para construir a segunda pista do aeroporto", contou Ronaldo.

Moradores do Horto, na Zona Sul do Rio, e integrantes do Movimento Nacional de Luta pela Moradia do Brasil participaram do protesto.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir