Categoria Geral  Noticia Atualizada em 24-08-2013

Farc interrompem negociação de paz para analisar referendo
Sem definir quanto durará o intervalo, representante das Farc recordou que o grupo havia proposto uma constituinte. Delegação de Bogotá aguardará em Cuba.
Farc interrompem negociação de paz para analisar referendo
Foto: veja.abril.com.br

A guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) anunciou ontem uma pausa nas conversações em Havana com representantes de Bogotá, para analisar a proposta do presidente colombiano, Juan Manuel Santos, de realizar um referendo sobre um futuro acordo de paz. Foi o que afirmou Pablo Catatumbo, integrante da delegação que negocia a paz com o governo Santos em Havana desde novembro de 2012.

O dirigente guerrilheiro, sem informar quanto tempo vai durar o intervalo, recordou que o grupo rebeldes havia proposto convocar "uma assembleia nacional constituinte para que o cidadão decida sobre temas cruciais para todos os colombianos".

Em 11 de junho, as Farc, que exigiram reiteradamente uma constituinte, propuseram adiar por um ano as eleições legislativas e presidenciais de 2014. Isso implicaria prolongar o mandato das atuais autoridades, o que Santos rejeitou.

A delegação do Governo colombiana, presidida por Humberto de la Calle, omitiu qualquer comentário sobre a pausa. Apenas comentou que vai permanecer em Cuba, acrescentando que os delegados aproveitarão o recesso parar análises internas. O atual ciclo de conversações terminaria na próxima quinta-feira.

Santos enviou na quinta-feira passada, para o Congresso em Bogotá, o projeto para que um futuro acordo de paz com as Farc seja referendado pelos colombianos aproveitando as eleições de 2014. Menos de uma hora depois do anúncio de Santos, o presidente do Poder Legislativo, Juan Fernando Cristo, apresentou o projeto aos parlamentares.

A lei vigente sobre os mecanismos de participação cidadã impede que um referendo se realize no mesmo dia das eleições nacionais. As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, fundadas em 1964 e com oito mil combatentes atualmente, são a guerrilha mais antiga da América Latina.

O conflito com as autoridades de Bogotá já deixaram 600 mil pessoas mortas e mais de três milhões de deslocadas. Esta é a quinta tentativa de se conseguir um acordo de paz, depois de três experiências fracassadas nos anos 1980, 1990 e 2000. (das agências de notícias)

Fonte: www.opovo.com.br
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir