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Acusações sobre ataque químico "não são convincentes", diz Rússia
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Ministro das Relações Exteriores afirmou que "há muitas dúvidas".
EUA disseram que testes provaram uso da arma química na Síria.
Foto: www.abola.pt A Rússia não está "absolutamente convencida" sobre as provas que os Estados Unidos e seus aliados apresentaram sobre um ataque químico ocorrido perto de Damasco, na Síria, atribuído ao regime do contestado presidente sírio Bashar al-Assad, disse nesta segunda-feira (2) o ministro das Relações Exteriores russo, informou a France Presse.
"O que foi mostrado antes e recentemente pelos nossos parceiros americanos, assim como pelos britânicos e os franceses não é convincente para todos", afirmou Sergei Lavrov durante uma palestra em uma universidade, acrescentando que há "muitas dúvidas" sobre as imagens e a suposta agressão publicadas na internet.
"Sim, nos mostraram uns relatórios que não continham nada concreto: nem coordenadas geográficas, nem nomes, nem provas que as amostras foram recolhidas por profissionais", completou Lavrov, citado pela agência "Interfax".
Lavrov também afirmou que um ataque americano contra a Síria poderia "adiar por muito tempo, inclusive para sempre", a organização de uma conferência de paz internacional.
"Se a ação anunciada pelo presidente dos Estados Unidos (Barack Obama) - para nosso grande pesar - acontecer (...) adiará por muito tempo, ou inclusive para sempre, as perspectivas desta conferência" (conhecida como Genebra II), declarou Lavrov.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, disse no domingo (1º) que testes provaram o uso da arma química sarin em ataques na Síria. Segundo a rede CNN, amostras de sangue e cabelo mostram o uso de gás sarin.
Kerry ainda expressou confiança de que o Congresso "vai fazer o que é certo" sobre o pedido do presidente Barack Obama para ataques militares limitados dos EUA contra a Síria.
Em entrevista à CNN, Kerry disse que os EUA obtiveram amostras independentes e que o governo do presidente Bashar al-Assad ordenou o ataque químico. "Sabemos que o regime ordenou o ataque, sabemos que eles prepararam. Sabemos de onde vieram os mísseis. Sabemos onbde caíram. Sabemos o estrago que foi feito. Vimos as horrendas imagens pelas redes sociais e temos evidências por outros meios e sabemos que o regime tentou enconbrir."
Ataque militar
O presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou no sábado (31) ter decidido que o país deve adotar uma ação militar contra alvos do governo sírio, mas ressaltou que irá buscar a aprovação do Congresso norte-americano antes de fazê-lo.
Obama, em um discurso feito na Casa Branca, disse que havia autorizado o uso de força militar para punir a Síria por conta de um ataque com armas químicas realizado em 21 de agosto.
"Estou preparado para dar essa ordem", afirmou o presidente americano, que enfatizou ser necessário dar uma resposta ao ataque com armas químicas realizado nos arredores de Damasco. De acordo com o governo americano, o ataque foi realizado pelas forças do presidente sírio, Bashar al-Assad.
Mais de 1,4 mil pessoas teriam sido mortas na ação, um terço delas crianças, em mais de uma dezena de bairros na periferia de Damasco, ainda segundo a Casa Branca. Trata-se do "pior ataque químico do século XXI", afirmou Obama, atribuindo a ação ao regime de Assad.
Navios da Marinha estão na região aguardando ordens para lançar mísseis, e os inspetores da ONU deixaram a Síria depois de reunir provas de um ataque com armas químicas que as autoridades norte-americanas afirmam ter matado 1.429 pessoas em áreas controladas pelos rebeldes.
Fonte: g1.globo.com
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Por:
Maratimba.com |
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