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Após pane, passageiros ateiam fogo em trem no Subúrbio do Rio
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Passageiros tiveram que desembarcar nos trilhos e, revoltados, protestaram. Todas as estações desses ramais foram fechadas.
Foto: g1.globo.com Um trem do ramal de Santa Cruz parou próximo à Estação Engenho de Dentro, no Subúrbio do Rio, e prejudicou a circulação, por volta das 8h desta terça-feira (3). Segundo a Supervia, passageiros chegaram a protestar nos trilhos, por volta das 9h, e as 27 estações precisaram ser fechadas. Revoltado, um grupo ateou fogo em uma composição no entorno da estação Quintino.
A estudante Tailane de Andrade de Moraes, de 19 anos, disse que viveu momentos de horror.
"Foi um desespero. O trem começou a pegar fogo e demoraram uns 10 minutos para abrir a porta. Ainda bem que as janelas estavam abertas. Estava todo mundo apavorado. Depois que abriram a porta e todo mundo desceu, uma senhora começou a passar muito mal. Demoraram muito para socorrê- la. É um absurdo", contou a jovem, que pega o trem todas as terças em Santa Cruz para fazer um curso no Centro.
Às 10h, as estações tinham sido reabertas, mas havia atrasos, com exceção da que atende o bairro de Piedade. Segundo a concessionária, usuários fizeram atos de vandalismo, o que obrigou a empresa a fechá-la.
Além da Supervia, a manhã foi de problema também para os passageiros do BRT Transoeste, que parou após uma manifestação na Estação Magarça, em Guaratiba, Zona Oeste. Alguns veículos chegaram a ser danificados, de acordo com a empresa.
A Supervia informou que o fogo foi causado por passageiros revoltados. Por segurança, os trens pararam de circular. Os bombeiros foram acionados para controlar as chamas. O Corpo de Bombeiros e os técnicos da SuperVia permaneciam em Quintino para controlar a situação e retirar o trem do local pouco antes das 10h.
Passageiros reclamavam da falta de trens e de informações por parte dos funcionários da empresa. Eles alegam que, a cada momento, dados conflitantes vinham dos alto-falantes sobre o local de desembarque. A doméstica Edila Santos Leite, 45 anos, pega às 8h30 no trabalho e às 10h30 ainda aguardava na estação de Quintino para poder embarcar. "Eles deram ré, disseram que havia ocorrido um problema. Ficamos meia hora parados. Foi isso que revoltou o povo. É problema todo dia. O trem vive parando. Na volta, às vezes, ainda tento o BRT, mas não adianta nada, porque ele também vem superlotado", diz a moradora de Santa Cruz, que faz a viagem até a Central do Brasil todos os dias.
Além disso, os usuários questionam a devolução exclusiva dos bilhetes, já que o sistema férreo parou de funcionar e muitos teriam que pagar para utilizar meios alternativos de transporte.
A composição que teve problema mecânico seguia para a Central do Brasil, quando parou com três carros fora da plataforma. Os passageiros precisaram desembarcar nos trilhos. Segundo a concessionária, os atrasos eram de 30 minutos no ramal, por volta das 8h30.
A Agetransp, agência que fiscaliza os serviços públicos de transportes sob concessão no Rio de Janeiro, informou que abriu boletim de ocorrência para fiscalizar o incidente.
No dia 29 de agosto, um problemas na rede aérea provocaram mais de cinco horas de atraso nos trens da Supervia. Três composições enguiçaram e, revoltados, passageiros depredaram vagões e jogaram objetos nos trilhos. Apesar dos flagrantes, ninguém foi preso.
Fonte: g1.globo.com
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Por:
Maratimba.com |
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