Dilma disse hoje (6), em São Petersburgo, na Rússia, que o presidente dos EUA, Obama, se comprometeu a assumir a responsabilidade direta pela investigação das denúncias de espionagem a dados pessoais dela, de assessores e de cidadãos do Brasil.
Foto: agenciabrasil.ebc.com.br Os dois presidentes tiveram um encontro bilateral ontem (5), paralelo às atividades da 8ª Cúpula do G20, países que englobam as maiores economias mundiais.
"Obama assumiu responsabilidade direta e pessoal pela investigação das denúncias de espionagem", disse Dilma antes de embarcar de volta para o Brasil. "O presidente Obama se comprometeu a responder ao governo brasileiro até quarta-feira (11) o que ocorreu".
Dilma disse ainda que vai propor, na ONU, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, no dia 24 de setembro, em Nova Iorque, "uma nova governança contra invasão de privacidade". Durante coletiva à imprensa antes de embarcar, Dilma também informou que "o Brasil não reconhece uma ação militar na Síria sem a aprovação da ONU".
Segundo a presidenta, sua primeira visita com honras de chefe de Estado aos Estados Unidos depende do desdobramento do caso e das explicações dadas pelo governo norte-americano. "A minha viagem a Washington depende das condições políticas a serem criadas pelo presidente Obama", disse.
No último dia 2, Dilma sinalizou com a possibilidade de adiar ou até mesmo cancelar a visita, marcada para 23 de outubro. Ontem, o Planalto confirmou o cancelamento do envio, a Washington, da equipe formada por funcionários da Presidência da República, responsável por preparar visita.
O avião da presidenta decolou de São Petersburgo por volta das 16h (9h em Brasília). Dilma voltou antes do fim da cúpula para participar do Dia da Independência, comemorado em 7 de setembro. A previsão é que ela chegue ao Brasil no fim da noite de hoje.
Edição: Marcos Chagas
Danilo Macedo e Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br
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