Categoria Geral  Noticia Atualizada em 17-09-2013

Aaron Alexis meditava num templo budista e andava quase sempre armado
O principal suspeito do ataque de segunda-feira em Washington j� antes tivera problemas com a pol�cia. Foi afastado da Marinha em 2011.
Aaron Alexis meditava num templo budista e andava quase sempre armado
Foto: www.dn.pt

Impulsivo e conversador, "bom rapaz" mas por vezes "agressivo", Alexis Aaron praticava budismo num templo tailand�s em Fort Worth no Texas e gostava de armas. Foi militar, reservista da Marinha, entre 2007 e 2011, onde � lembrado por problemas disciplinares. A um amigo disse que fora afastado porque "algu�m n�o gostava dele". Queixava-se frequentemente da falta de oportunidades de trabalho mas gostava de se divertir, diz quem privou com ele. Mudou-se recentemente do Texas para o sudoeste de Washington D.C. onde arranjou um emprego numa empresa de servi�os que o ligava a esse mundo da Marinha de onde fora exclu�do.

S�o pe�as dispersas, como estas, sobre o percurso de Aaron Alexis, que as autoridades, como o FBI e a pol�cia, tentam juntar para perceber as motiva��es que o ter�o levado a lan�ar um ataque no edif�cio-sede do Comando de Sistemas Navais da Marinha, na manh� de segunda-feira em Washington. Este ex-militar-trabalhador-estudante de 34 anos � o principal suspeito e foi uma das 13 v�timas.
A imprensa norte-americana tenta reconstituir a vida de Aaron Alexis a partir dos registos da pol�cia e entrevistas nos v�rios s�tios por onde passou: Seattle, Fort Worth e Washington D. C. onde estava a viver h� umas semanas numa resid�ncia do sudoeste da cidade.

Trabalhava h� pouco tempo numa filial da Hewlett-Packard de servi�os de inform�tica para a Marinha e estava inscrito num curso universit�rio de aeron�utica pela Internet. O contrato que assinara com a empresa ter-lhe-� facilitado o acesso �s instala��es da Marinha, sem levantar suspeitas, antes de matar 12 pessoas e ser morto pela pol�cia, provocando aquele que foi o mais grave tiroteio em instala��es militares desde 2009 nos Estados Unidos quando 13 militares foram mortos na base de Fort Hood, no Texas.

Na manh� do ataque, Aaron Alexis carregava uma espingarda e pelo menos mais duas armas. Alguma destas ter�o sido compradas no estado de Virg�nia, referiu ao USA Today um respons�vel ligado � investiga��o.

Ao Washington Post, o amigo Oui Suthamtewakul diz que Aaron Alexis tinha uma arma "sempre com ele", bebia muito e, apesar de ser prest�vel e gostar de conversar, no �ntimo era reservado. "Era como um adolescente de 13 anos no corpo de um homem de 34. Precisava de aten��o". Ao USA Today acrescenta ainda incr�dulo: "Era um bom tipo para mim. Ainda n�o acredito que faria uma coisa destas."

Longe da fam�lia
Aaron Alexis nasceu em 1979 em Queens, Nova Iorque, escreve o New York Times, e cresceu nessa parte da cidade que alberga importantes comunidades de hisp�nicos, judeus ortodoxos e do Sul da �sia. Aprendeu o tailand�s e abra�ou a cultura tailandesa, n�o s� com a medita��o no templo, mas viajando um m�s para a Tail�ndia.

Cresceu em Brooklyn com os pais Cathleen e Anthony Alexis. A sua tia Helen Weekes disse a este jornal n�o o ver "h� v�rios anos". Ouvido pelo New York Times, o cunhado diz que a sua mulher e irm� de Aaron Alexis n�o falava com ele h� cinco anos. Mesmo assim, garante, "ningu�m podia prever uma coisa destas, ningu�m sabia nada dele".

Al�m das ocorr�ncias disciplinares dentro da Marinha, onde alcan�ou o terceiro grau de electricista de Avia��o, fora da Marinha a sua folha tamb�m n�o era completamente limpa. Foi detido pelo menos uma vez. Mais do que uma disparou armas em momentos de uma revolta impulsiva.

Justificou � pol�cia ter disparado contra uma viatura estacionada junto � casa da sua av� em Seattle em 2004 com uma moment�nea perda de controlo por se sentir "gozado" e "desrespeitado". Nessa ocasi�o, disse ainda estar transtornado com a "trag�dia do 11 de Setembro" de 2001 onde, segundo o pai, Aaron Alexis ajudou nas opera��es de salvamento. A pol�cia acusou-o mas n�o o prendeu.

"Como um soldado vindo na guerra"
Anos depois, ter� sido o incidente de 2010, tamb�m com uma arma, a ditar o afastamento da Marinha. Aaron Alexis vivia ent�o num apartamento em Fort Worth, Texas. Disparou uma arma que atingiu, sem causar feridos, o apartamento de cima. A vizinha fez refer�ncia a amea�as que ele lhe fizera por ela se queixar do barulho. A pol�cia n�o deu seguimento ao processo por falta de provas.

Depois de expulso do apartamento, partilhou casa com um dos amigos que fez no templo onde fez medita��o durante tr�s anos.

"Era prest�vel", diz J. Sirun, assistente dos monges do templo ao Washington Post. Sob a capa de uma aparente tranquilidade, dava provas de grande agressividade, acrescentou J. Sirun. "N�o gostava de se aproximar de ningu�m, como um soldado que esteve na guerra. Mas nunca pensei que ele pudesse ser violento assim. Por fora, era uma pessoa calma. Mas por dentro, penso que era muito agressivo."

Fonte: www.publico.pt
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir