Categoria Geral  Noticia Atualizada em 19-09-2013

Bashar al-Assad diz que destruição de arsenal químico demorará um ano
Presidente sírio diz que precisa de mil milhões de dólares para desmantelar o arsenal, mas não está previsto que seja Damasco a realizar a operação.
Bashar al-Assad diz que destruição de arsenal químico demorará um ano
Foto: www.dn.pt

Bashar al-Assad deu mais uma entrevista a uma estação de televisão americana e lançou mais dúvidas sobre a aplicação do acordo, que aceitou, para a destruição do arsenal químico do governo sírio. Diz que a operação é "complexa" e deverá demorar um ano e que, para a pôr em prática, precisa de mil milhões de dólares (738 milhões de euros).

A entrevista foi dada à Fox News, que a transmitiu na quarta-feira à noite (madrugada em Portugal). Dias antes, os Estados Unidos e a Rússia fecharam um acordo sobre a destruição do arsenal químico sírio que determina que as armas fiquem sob controlo internacional e que seja uma equipa internacional também a concretizar a sua destruição.

Ou seja, não será o regime sírio a realizar a operação — que EUA e Rússia dizem dever estar concluída no final do primeiro semestre de 2014 —, pelo que não está previsto ser-lhe atribuído qualquer orçamento.

Assad aproveitou para enviar vários recados ao Presidente americano, Barack Obama. O principal: desista da ameaça de atacar a Síria. Na segunda-feira, os EUA, a França e o Reino Unido decidiram apresentar em conjunto a resolução que será votada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a destruição do arsenal químico do governo sírio. A Administração Obama aceitou retirar do texto do documento a ameaça de uso da força caso a Síria quebre os termos do acordo que aceitou.

Assad disse ainda que o seu governo e as suas forças armadas não são responsáveis pelo ataque com armas químicas nos arredores de Damasco no dia 21 de Agosto, ataque que motivou a decisão de Obama realizar ataques aéreos punitivos contra o regime de Damasco.

O Presidente sírio disse que o relatório das Nações Unidas sobre esse ataque não prova que tenha sido o seu regime a usar as armas — de facto, não atribui responsabilidades, ainda que apresente estudos sobre a trajectória dos projécteis — e defendeu que "qualquer governo com armas químicas poderia tê-las fornecido" aos rebeldes que há dois anos e meio tentam derrubar o regime de Damasco.

Fonte: www.publico.pt
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir