Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 24-09-2013

Para o bem ou mal da verdade
�O homem que n�o sabe dominar os seus instintos, � sempre escravo daqueles que se prop�em satisfaz�-los�, Gustave Le Bom.
Para o bem ou mal da verdade

Na semana passada, o Minist�rio da Justi�a e Fiocruz divulgaram resultado da maior pesquisa sobre crack no mundo feita nas capitais brasileiras. O resultado � alarmante. "Os usu�rios regulares de crack e/ou de formas similares de coca�na fumada (pasta-base, merla e oxi) somam 370 mil pessoas nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal", segundo reporta a Ag�ncia Brasil.

Em rela��o aos locais de consumo da droga, o estudo identificou que oito em cada dez usu�rios usam crack em espa�os p�blicos. O dependente que chega ao est�gio de "banaliza��o" do uso n�o consegue, por si, procurar ajuda. Deve haver um programa de interven��o para o tratamento. Interven��o n�o significa repress�o, muito menos preven��o. � algo mais profundo. O problema � s�rio. N�o d� mais para ficar apenas no debate.

Enquanto estavam comemorando o semin�rio sobre drogas - muito bom, por sinal - fiz tr�s interna��es, al�m de procurar conhecer mais duas comunidades terap�uticas, uma em Cachoeiro outra em Marata�zes, para encaminhamentos de adolescentes e adultos. Por isso n�o tive tempo para participar de mais uma longa e intermin�vel discuss�o...

O problema do abuso e, consequentemente, a depend�ncia � complexo. O que leva um sujeito � toxicomania? Esta � a quest�o que se deve debater no meio acad�mico ou fora dele. O que for al�m ou fora disso � conversa para boi dormir.

� importante saber que "apesar de o recurso �s drogas ser universal, o modo como cada sujeito delas faz uso � singular, o que explica alguns se tornarem dependentes e outros n�o. Assim, a configura��o da toxicomania remete a aspectos da subjetividade e da constitui��o ps�quica de cada um", diz a pesquisadora Sidineia Aparecida Pizzeti em artigo publicado no site Psicologado.

As drogas atuam como uma nova forma de responder ao sofrimento. O toxic�mano � aquele que n�o quer saber, que n�o se submete a nenhum interdito, que se inscreve em um mais-de-gozar absoluto. Outro problema est� na nega��o do sujeito. Quando chega � cl�nica ele mesmo diz "sou drogado", e agora? Talvez, de acordo com Sidineia, haja que lhe dar todo seu valor. Quem sabe na experi�ncia anal�tica seja importante perguntar menos pela toxicomania que pela droga em sua rela��o com o sujeito?

Pego carona no estudo da terapeuta que finda o artigo da seguinte forma: "vem vamos embora que esperar n�o � saber, quem sabe faz a hora n�o espera acontecer", Geraldo Vandr�.

Fonte: Reda��o Maratimba.com
 
Por:  Roney Moraes    |      Imprimir