Categoria Geral  Noticia Atualizada em 24-09-2013

Setenta e oito médicos estrangeiros ainda não receberam registro
O Ministério da Saúde alega que os documentos e informações exigidos pelos conselhos regionais estão atrasando o início do trabalho dos médicos.
Setenta e oito médicos estrangeiros ainda não receberam registro
Foto: novohamburgo.org

A maioria dos profissionais que chegaram para trabalhar pelo programa Mais Médicos ainda está impedida de dar atendimento. Até esta segunda-feira (23), o Conselho Federal de Medicina só tinha liberado 13% das licenças.

O Ministério da Saúde alega que os conselhos regionais estão atrasando o processo ao pedir documentos que não estavam previstos. Já o Conselho Federal de Medicina diz que as informações extras são fundamentais para a fiscalização.

Dois médicos cubanos já chegaram à Zona Rural de Santana do Acaraú, interior do Ceará, onde foram recebidos com festa. A região estava há mais de um ano sem médico.

"Nós pensamos que a medida que o tempo transcorra o trabalho será muito melhor", diz o doutor Israel, médico cubano.

Na Bahia, 28 médicos formados no exterior receberam o uniforme e vão atuar em 30 municípios. Outros três médicos de Cuba vão trabalhar em Altamira, no Pará. Nos próximos dias, eles vão passar por um treinamento para atender a população indígena da região.

No Rio Grande do Sul, 19 profissionais já estão com registro provisório e devem começar a trabalhar nesta quarta-feira (25), mas a maioria dos estrangeiros ainda aguarda a emissão de registro profissional.

De acordo com o Ministério da Saúde, 165 registros deveriam ter sido entregues. Mas os conselhos regionais só liberaram 87. Setenta e oito ainda não foram atendidos. Segundo o
Conselho Federal de Medicina, 33 por falta de documentos e os outros 45 vão ser checados.

O Ministério da Saúde alega que os conselhos regionais estão exigindo documentos e informações que não estão previstos na lei que criou o programa Mais Médicos e que isso está atrasando o início do trabalho dos estrangeiros.

O presidente do Conselho Federal de Medicina argumenta que o órgão é responsável por fiscalizar a atuação de qualquer médico, brasileiro ou estrangeiro. E que não pode abrir de mão de saber qual a área de atuação dos formados no exterior e quem é o supervisor responsável por cada um deles.

"Vamos obedecer a lei, mas vamos fiscalizar devidamente como fazemos com todos os médicos do país. Nós vamos fiscalizar os médicos do programa Mais Médicos", afirma Roberto DÁvilla, presidente do CFM.

O Ministério da Saúde disse que até o fim desta semana os conselhos regionais têm que liberar o registro profissional de outros 221 médicos estrangeiros. A lei define prazo de 15 dias para concessão do registro a partir da data do pedido.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir