Categoria Geral  Noticia Atualizada em 24-09-2013

Terroristas ainda mantêm reféns vivos em shopping no Quênia
Militantes usaram o Twitter para informar que ataque ao centro comercial Westgate, em Nairóbi, prossegue; quarto dia registrou novos tiroteios e explosões.
Terroristas ainda mantêm reféns vivos em shopping no Quênia
Foto: AFP

O grupo armado que atacou no sábado um centro comercial de Nairóbi ainda detinha na manhã desta terça-feira reféns vivos, afirmam em sua conta no Twitter os islamitas somalis do grupo Al-Shabab, que reivindicaram o ataque. A informação contradiz as declarações da polícia queniana de que a operação dentro do shopping já teria acabado.

"Há um número incontável de mortos ainda espalhados dentro do shopping, e os mujahedins (combatentes) ainda mantêm posição no #Westgate", disse o grupo em sua conta no Twitter (@HSM_PR). "Os reféns que estão sendo mantidos pelos mujahedins dentro do #Westgate ainda estão vivos, parecendo bem desconcertados, mas, ainda assim, vivos".

A polícia queniana anunciou nesta terça-feira que estava desativando explosivos colocados pelos islamitas no interior do edifício. "Estamos desativando explosivos colocados pelos terroristas", declarou a polícia em uma mensagem publicada no Twitter, sem fornecer mais detalhes.

Um membro das forças especiais quenianas que participou dos combates afirmou que a intervenção era dificultada pelo fato de os criminosos se esconderem nas lojas do centro comercial. Os terroristas "queimaram colchões para desviar a atenção e tentaram fugir", disse o chefe do Exército do Quênia, o general Julius Waweru Karangi.

Karangi também informou que os criminosos eram de "diferentes nacionalidades". Muitos combatentes estrangeiros, incluindo somalis com dupla nacionalidade, são membros do grupo Al-Shabab. Entre os criminosos, há dois ou três americanos e uma britânica, informou, por sua vez, a ministra queniana das Relações Exteriores, Amina Mohamed.

A britânica - que segundo a ministra teria participado em muitas ocasiões de ações armadas - foi identificada pela polícia como Samantha Lewthwaite, viúva de um dos terroristas suicidas dos atentados de 7 de julho de 2005 em Londres.

Já os americanos seriam "homens jovens, de 18 e 19 anos, de origem somali ou árabe, mas que vivem nos Estados Unidos, em Minnesota e em outro local", acrescentou a ministra em declarações à rede de televisão americana PBS.

No entanto, representantes da Al-Shabab negaram que cidadãos americanos e britânicos estariam entre os militantes que atacaram o shopping. "Nos comunicamos com nossos mujahedins no Westgate e eles nos disseram que o conflito acabou de recomeçar", disse um representante do Al Shabab à Reuters. "Aqueles que descrevem os agressores como americanos ou britânicos são pessoas que não sabem o que está acontecendo no prédio do Westgate."

No quarto dia de tensão nos arredores do centro comercial, onde ao menos 62 pessoas morreram, tiros e explosões puderam ser ouvidos vindos do interior do edifício, por volta das 6h30 no horário local (0h30 de Brasília) desta terça-feira, segundo informações da agência AP.

A AP afirmou, ainda, que um corpo foi visto sendo retirado do prédio, coberto em chamas. A versão oficial é que a "maioria" dos reféns foram libertados, porém cerca de dez ainda estariam em poder dos terroristas.

O ataque foi reivindicado pelo grupo Al-Shabab, em represália pela intervenção militar queniana na Somália, lançada no fim de 2011.

Fonte: noticias.terra.com.br
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir