Categoria Geral  Noticia Atualizada em 24-09-2013

Comissão da Verdade entra no antigo prédio do DOI-Codi e gera bate-boca
O deputado Jair Bolsonaro, que não pertence à comissão, tentou entrar e foi impedido por Randolfe Rodrigues, que disse ter sido agredido por ele.
Comissão da Verdade entra no antigo prédio do DOI-Codi e gera bate-boca
Foto: www.jb.com.br

No Rio de Janeiro, depois de meses de negociação, a Comissão Estadual da Verdade conseguiu entrar no antigo prédio do DOI-Codi, um dos principais centros de tortura da ditadura militar. E houve bate-boca entre parlamentares.

O 1º Batalhão do Exército no Rio esconde um pedaço da história do país há quase 30 anos. O lugar onde funcionou o DOI-Codi, um dos principais centros de tortura na ditadura militar, foi visitado por integrantes da Comissão Estadual da Verdade, acompanhados por parlamentares. Até agora, o exército não tinha autorizado visitas ao local.

"O fato de nos negar informação histórica mostra que existe um tabu e que cabe a nós rompermos esse tabu dentro exército", diz o senador João Capiberibe, PSBAP.

Enquanto a imprensa e integrantes de movimentos sociais ficaram do lado de fora, o jornalista Álvaro Caldas identificou os lugares onde ele foi torturado. "Eu funcionei com um guia do pessoal, mostrando as salas onde as torturas eram executadas, conta.

Houve confusão antes da visita. O deputado federal Jair Bolsonaro, do PP, que não pertence à comissão tentou entrar junto. Disse que foi impedido depois de um bate-boca. O senador Randolfe Rodrigues, do PSOL, afirmou que foi agredido por Bolsonaro na cintura.

"Nós dissemos que ele não era bem vindo, que ele não integrava essa comissão. A única intenção do seu Bolsonaro aqui era impedir que a visita se concretizasse, era tumultuar a visita", declara Randolfe Rodrigues, senador do PSOL/AP.

"Houve troca de ofensas sim, houve ali, agressões verbais onde eu empurrei ele por baixo, empurrei para poder entrar. Se eu tivesse dado soco nele ele tava dormindo até agora", explica Jair Bolsonaro, deputado federal do PP/RJ.

Grupos de defesa dos direitos humanos e integrantes da Comissão da Verdade defendem que centros de tortura, como o visitado nesta segunda-feira (23), sejam abertos a visitação pública. O senador João Capiberibe disse que vai procurar o Ministério da Defesa para incentivar a participação do exército a participar do debate sobre a repressão durante a ditadura.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir