Categoria Economia  Noticia Atualizada em 08-10-2013

OGX, de Eike, demite funcionários em meio a "reestruturação financeira"
Foram pouco menos de 60 funcionários, conforme informou a petroleira. No início de outubro, a OGX deixou de pagar US$ 45 milhões a credores.
OGX, de Eike, demite funcionários em meio a

A OGX, petroleira do empresário Eike Batista, demitiu perto de 60 pessoas do seu quadro de funcionários, segundo informou a companhia nesta terça-feira (8). Em nota, a empresa diz que está conduzindo um processo de reestruturação financeira, "que passa pela negociação com credores, otimização de portfólio e custos, além de alguns ajustes no quadro de colaboradores".

No dia 1º de outubro, a OGX comunicou ao mercado que não pagaria a seus credores cerca de US$ 45 milhões das parcelas referentes a juros de dívidas emitidas pela empresa no exterior que vencem naquele dia.

A decisão da empresa - que tem pouco dinheiro disponível e lida com um fracasso em sua campanha exploratória - pode ser o primeiro passo do que pode vir a ser o maior calote da história por uma empresa latino-americana, destaca a Reuters.

"A companhia optou pelo não pagamento das parcelas referentes aos juros remuneratórios, no valor aproximado de 45 milhões de dólares, decorrentes das Senior Notes emitidas pela OGX Austria, controlada da companhia, as quais venceriam na data de hoje", informou a petroleira no fato relevante.

Derrocada
A derrocada da OGX, que já foi considerada o ativo mais precioso do grupo de empresas de Eike, ganhou força após sucessivas frustrações com o nível de produção da petroleira. No início de julho, a companhia decidiu não seguir adiante com o desenvolvimento de algumas áreas na bacia de Campos antes consideradas promissoras.

Com pouco dinheiro disponível e fracasso na produção de petróleo até o momento, em agosto a OGX desistiu de adquirir nove dos 13 blocos que arrematou na última licitação de áreas de petróleo, evitando o pagamento de 280 milhões de reais ao governo por direitos exploratórios.

A OGX espera completar a venda de uma fatia em blocos de petróleo que possui para a malaia Petronas, para conseguir um alívio no caixa. A Petronas, porém, aguarda a conclusão da reestruturação da dívida da OGX para dar prosseguimento ao negócio de US$ 850 milhões com a petroleira brasileira.

A OGX contratou como assessores o banco Lazard e o grupo de investimentos Blackstone para coordenar as discussões com os detentores de bônus, enquanto revisa sua estrutura de capital e plano de negócios.

No começo de setembro, a diretoria da OGX decidiu exercer uma opção da companhia contra seu controlador, exigindo o aporte de US$ 1 bilhão na empresa prometido por Eike no ano passado, em caso de necessidade.

O empresário, que viu sua fortuna desabar diante do contágio nas outras empresas "X" pelo fracasso da OGX, questionou a validade do exercício da opção pela petroleira e disse que poderá recorrer à arbitragem.

No início de setembro, Eike informou que reduxiu para 50,16% sua participação no capital da companhia.


Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir