Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 08-10-2013

MAQUIAVEL NA CABE�A!?
Nicolau Maquiavel, nascido em Floren�a, It�lia, no Sec. XV, � considerado um dos principais intelectuais do per�odo chamado Renascimento
MAQUIAVEL NA CABEÇA!?

O adjetivo "maquiav�lico", na maioria das vezes, � utilizado de forma pejorativa. Para o senso comum, maquiav�lico � algu�m que procura manter-se no poder, um algu�m enganador, procura parecer bom, mas nem sempre o �.

Nicolau Maquiavel, nascido em Floren�a, It�lia, no Sec. XV, � considerado um dos principais intelectuais do per�odo chamado Renascimento. Maquiavel inaugurou o pensamento pol�tico moderno. Sua obra mais famosa, "O Pr�ncipe", foi escrita com base no contexto pol�tico da Pen�nsula It�lica, que passava por uma grande instabilidade pol�tico-econ�mica. As circunst�ncias pelas quais este pensador escreveu tal obra nos auxiliam a atualizar seus entendimentos acerca da pol�tica contempor�nea.

Pode-se, e deve-se, analisar Maquiavel pelo prisma da dial�tica. Refletir com carinho acerca dessa figura t�o importante para as rela��es humanas. No entanto, como em qualquer situa��o, cabe ao indiv�duo fazer uso do seu conhecimento com sabedoria, direcionando suas energias para o bem. A escolha � sempre pessoal. Lembrar que a vida da borboleta est� em suas m�os.

O entendimento de Maquiavel quanto �s rela��es din�micas da �tica e da pol�tica est�o ligadas � tradi��o ocidental que, exatamente como a tradi��o chinesa, ligava tanto a ci�ncia quanto a atividade pol�tica � �tica. Arist�teles tinha resumido esta posi��o quando definiu a pol�tica como uma mera extens�o da �tica. Para a tradi��o ocidental, a pol�tica era segregada em certo e errado, justo e injusto, e assim por diante. Por isso os termos morais usados para avaliar as a��es humanas eram usados para avaliar as a��es pol�ticas.

Para Maquiavel, pol�tica era pol�tica e �tica era �tica. Nenhum rei conseguiria consolidar seu reinado se tomasse decis�es �ticas e pol�ticas, concomitantemente.

Ent�o esse texto, pretensiosamente, visa socializar este pensamento, de modo a permitir ao eleitor avaliar as a��es dos seus governantes, conhecendo um pouco melhor o motivo de algumas decis�es, por vezes, consideradas pol�micas (maquiav�licas). O mito maligno de Maquiavel est� na cabe�a do preconceituoso, por isso a necessidade de conhec�-lo um pouco melhor, para, da� sim, formular novos e fundados conceitos.

H� estudos espec�ficos de uma de suas frases mais famosas: o fim justifica os meios. Alguns a interpretam partindo do princ�pio de que "certos" fins podem, ser alcan�ados atrav�s de m�todos, anti�ticos ou violentos. Este conceito � utilizado com frequ�ncia numa tentativa de minimizar os meios inescrupulosos utilizados na pol�tica, como por exemplo,na justificativa de leis que beneficiam poucos, ou ainda nas repress�es impostas a grupos partid�rios.

Por outro lado, a doutrina crist� diz exatamente o contr�rio: O fim n�o justifica os meios. No entanto, a pr�pria frase parece vir de um manual de �tica escrito em 1645,pelo te�logo jesu�ta Hermann Busenbaum (Medullatheologiaemoralis). Veja o extrato: "cum finis est licitus, etiam media sunt licita", (Quando o fim � l�cito, tamb�m s�o os meios).

Foi exatamente isso que Maquiavel disse. Os fins justificam os meios, desde que, nenhum mal seja feito contra o pr�ximo. A bem da verdade, Maquiavel escreveu que certos fins justificam certos meios.

Em Itapemirim, algumas m�s interpreta��es desta m�xima causaram uma ruptura pol�tica, social e at� familiar.

Prova disso fora a escolha do sucessor palaciano. Tal decis�o culminou na exclus�o de v�rias lideran�as do processo pol�tico partid�rio. O maquiavelismo, neste caso, foi utilizado com uma interpreta��o deturpada.

O maquiavelismo em Itapemirim n�o trouxe apenas coisas ruins. H� decis�es maquiav�licas que oportunizaram excelentes a��es. Maquiavel disse que � muito louv�vel um pr�ncipe respeitar a sua palavra e viver com integridade, sem ast�cias nem embustes. A hist�ria mostra que ca�ram em desgra�a pol�ticos fecharam os olhos ou n�o deram muita import�ncia � palavra empenhada e que souberam cativar, pela manh�, o esp�rito dos homens e, no fim, aniquilar aqueles que se basearam na lealdade.

Recentemente, parece que alguns pol�ticos Itapemirinenses lembraram que h� l�deres em Itapemirim preocupados com uma pol�tica s�ria, lembraram que h� pensadores. Este comportamento, maquiavelicamente mal aplicado, fomentou o levante partid�rio de Itapemirim. Os Itapemirinenses retomar�o o processo pol�tico, pois aprenderam que grandes pol�ticos s�o os que d�o import�ncia � palavra empenhada, e n�o mais cair�o na fal�cia familiar instalada em nossa cidade. A empresa familiar que gera riqueza aos corruptos est� em Concordata, e a fal�ncia se aproxima! O povo de Itapemirim agradece. Itapemirim retornar� �s m�os dos Itapemirinenses gra�as aos que se julgam entendedores dos pensamentos de Maquiavel.


    Fonte: O Autor
 
Por:  Gedson Alves    |      Imprimir