Categoria Automóveis  Noticia Atualizada em 24-10-2013

"Sou muito ciumenta", diz empresária sobre o seu Opala Comodoro 78
A "opaleira" Deise Floriano comprou o veículo restaurado em 2011. "Quando você possui um carro antigo, está preservando sua história", diz.

Foto: g1.globo.com

Guardiã de um Opala. É como se vê a empresária Deise Floriano, de 26 anos, moradora de Ibirama, SC. Dona de um Opala Comodoro 1978, de quatro cilindros, ela diz que tem o carro como um filho. "Sou muito ciumenta. Eu mesma lavo, posso passar o dia fazendo isso. Só eu o dirijo. De vez em quando, deixo o meu pai pegar, no máximo", conta. E tudo isso tem uma razão. "Acredito que quando você possui um carro antigo, você está preservando sua história, originalidade, e está em suas mãos conservar essas lendas", afirma.

O interesse de Deise por carros antigos vem de família. Ela conta que seu irmão é apaixonado por Fuscas e Kombis. Porém, ela nunca se deu bem com esses modelos. "Tentei dirigir um Fusca. Não tinha nenhuma experiência em conduzir um carro antigo e não deu certo. Não consegui. Mas quando peguei o Opala, foi amor à primeira vista", conta.

Mas, como em toda relação, surgiram percalços no caminho. "Foi um desafio muito grande "aprender" a dirigir o Opala. Ele não tem direção hidráulica, é grande. Tanto que eu coloco uma almofada para conseguir alcançar os pedais, já que tenho só 1,57m. Todo mundo que tem o carro desta série reclama que ele é grande, até quem é bem mais alto que eu. Não facilita", relata.

Para conseguir ter um Opala só para ela, Deise foi buscar o seu carro na cidade de Curitibanos, SC, em 2011. O veículo já restaurado ficava em exposição em uma concessionária da General Motors e era a combinação perfeita para a jovem. "Ele é exatamente do mesmo ano de inauguração dessa concessionária. Para comemorar os 20 anos de funcionamento, eles restauraram o carro todo", conta. Ela só precisou fazer alguns ajustes para deixá-lo como novo. "Tem uns detalhes nos emblemas que eu mesma pintei. Já que não achei para comprar, coloquei a mão na massa", conta.

A cor da lataria também é outro ponto curioso da história deste Opala. Deise descobriu, com a ajuda de um fórum de amantes de Opalas no Paraná, que a tinta imita a coloração laranja que começou a ser usada para pintar modelos que saíram somente no ano de 1979. "Eles me disseram que a cor é de 1979, mas que é muito parecida com a de 1978. Então nisso eu não quero mexer. Pode ser que eu nunca encontre um tom tão parecido. A lataria está boa".

Sobre a quilometragem, o odômetro só registra 78 mil quilômetros. Deise acredita que não seja o número correto. "É pouco. Mas dizem que quando o Opala chega em uma quilometragem, ele zera". A suposição da jovem pode ser a correta, confirma o colunista de carros do G1, Denis Marum. "O odômetro deste carro realmente pode ter "virado", ou seja, ele rodou até o fim e começou a marcar novamente", relata.

Deise também suspeita que o motor 4 cilindros foi trocado em algum momento da vida de seu Opala, mas não tem como confirmar. "Quando comprei, disseram que era o original. Tentei descobrir, mas não consegui", lamenta.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir