Categoria Policia  Noticia Atualizada em 28-10-2013

Ato perto do prédio de Sérgio Cabral tem jovens levados para delegacia
Ao todo, sete pessoas foram encaminhadas para a 14ª DP (Leblon). Detidos estariam consumindo drogas perto do prédio do governador.
Ato perto do prédio de Sérgio Cabral tem jovens levados para delegacia
Foto: g1.globo.com

Cerca de sete manifestantes, incluindo um menor de idade, que protestavam perto do prédio do governador Sérgio Cabral, no movimento chamado "Ocupa Cabral", na Zona Sul do Rio, foram encaminhados à 14ª DP (Leblon) na tarde desta segunda-feira (28). Segundo os PMs que os detiveram, eles estariam consumindo drogas, informou a Polícia Civil.

Todos tiveram o histórico checado pela polícia para saber se respondem ou já responderam por algum crime. Serão autuados, liberados e vão responder a processo no Juizado Especial Criminal (JECcrim).

"Eles vão responder por uso de entorpecente como qualquer pessoa. Eles foram presos por posse de drogas. Vai ter o registro normal, eles vão comparecer ao Jecrim, e serão liberados. Dois ou três tinham passagem pela policia por uso de drogas. A prisão não teve nada a ver com manifestação. Não houve baderna", disse o delegado Alessandro Thiers.
O G1 tentou conversar com representantes dos jovens, mas não havia conseguido contato até as 15h30.

Segundo a polícia, um grupo de 13 ativistas estava no canteiro central da Avenida Delfim Moreira, em frente à Rua Aristides Espínola, com a intenção de permanecer em protesto contra Sérgio Cabral. Os sete detidos teriam ido até a areia da praia e acendido um cigarro de maconha, sendo flagrados por um policial à paisana, que chamou outros PMs e os conduziu para a delegacia.

Os outros seis manifestantes, que não estavam na praia na hora do flagrante, foram revistados no local e liberados. Alguns deles foram até a porta da delegacia para conversar com o delegado Alessandro.

Segundo o comando do 23º BPM (Leblon), 10 policiais foram enviados ao local para garantir a segurança da manifestação e dos moradores da região. De acordo com o comandante do batalhão da área, tenente coronel Luiz Octávio Lima, os manifestantes não vão poder acampar no local, conforme determinado por uma decisão judicial. "Eles já foram avisados", disse. Por meio da rede social, porém, o grupo indicou que não vai deixar o local. Segundo o serviço reservado do Batalhão, cerca de 20 pessoas continuavam no local por volta das 17h30 desta segunda.

Reivindicações

Na pauta disponiblizada na página da rede social do grupo, estão reivindicações contra o "sistema", contra a direção do Sindicato dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe), contra as remoções para obras, em apoio quilombo das guerreiras e à Aldeia Maracanã, contra a Copa do Mundo, entre outras coisas.

Nesta manhã, outro pequeno grupo de manifestantes protestava contra o governador Sérgio Cabral e pela liberdade dos presos durante protestos no Rio, na Rodoviária Novo Rio, Zona Portuária. Nenhuma confusão foi registrada em ambas as manifestações.

"Ocupa Cabral"

A primeira e maior ocupação perto da casa do governador teve início no dia 21 de junho, e durou mais de 10 dias. O acampamento foi formado no mesmo dia em que cerca de 300 mil pessoas protestaram pelas ruas da cidade. Foi desfeito a primeira vez no dia 2 de julho, mas depois ativistas voltaram a passar noites no local por diversas vezes, como no dia 28 de julho. No dia seguinte, segunda (29), Cabral "como pai", pediu que os protestos parassem.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir