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Fome num mundo de abundância!
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O preço dos alimentos subiu em média 83% nos últimos anos, segundo o Banco Mundial. As novas aplicações somam US$ 1 bilhão por semana O preço dos alimentos subiu em média 83% nos últimos anos, segundo o Banco Mundial. As novas aplicações somam US$ 1 bilhão por semana. Os especuladores só vão dar sossego quando os preços caírem. E isso só vai acontecer quando houver novamente um equilíbrio entre oferta e demanda. O consumo anual de cereais na China saiu de 450 milhões de toneladas em 2001 para 513 milhões de toneladas no ano passado. Secas em diferentes partes do mundo, que provocaram uma queda na produção de grãos. A Austrália, normalmente a segunda maior exportadora de trigo do mundo, vem sofrendo uma seca épica. Aproveitando a onda mundial de protestos contra mudanças climáticas e combustíveis fósseis, o Brasil lançou uma campanha para promover o etanol à base de cana-de-açúcar, porém a crise dos alimentos levou muitos países a rever suas políticas de incentivo a bio combustíveis. Esta crise de alimentos mundial só será resolvida quando a oferta alcançar a demanda e para isso leva-se mais tempo que acontece com bens de produção industrial, pois a variável tempo não pode ser controlado quando se trata de produção agrícola, outra variável muito importante é a terra fértil disponível e neste ponto temos 1,4 bilhão de hectares destinados à agricultura e à pecuária. São regiões atualmente usadas por pecuaristas ou terras que nunca foram cultivadas. A África, continente com maior estoque de terras, teria capacidade de triplicar a área de produção agrícola. Mas a estabilidade política da região e o baixo desenvolvimento econômico deverão ainda impor anos de atraso. Em boa parte da Europa as propriedades também são pequenas e seus donos vivem mais dos subsídios do que da competência produtiva. Diante disso a América do Sul, particularmente o Brasil, é a região que está mais pronta para ser expandida rapidamente. Até a próxima! Elio Gonçalves está jornalista e psicanalista! Fonte: O Autor
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| Por: Elio Gonçalves | Imprimir |
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