Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 20-12-2013

PALAVRAS DE UM EX-PRESIDENTE
Bom, est� chegando o fim... Est� acabando um mandato de pouco mais de quatro anos... Quatro anos de aprendizados, de alegrias, de tristezas, de incertezas, de conquistas e de derrotas tamb�m. Foi muito bom, pois aprendi muito..
PALAVRAS DE UM EX-PRESIDENTE

Bom, est� chegando o fim... Est� acabando um mandato de pouco mais de quatro anos... Quatro anos de aprendizados, de alegrias, de tristezas, de incertezas, de conquistas e de derrotas tamb�m. Foi muito bom, pois aprendi muito... Muitos n�o acreditar�o, mas quando assumi a presid�ncia do Sindicato n�o sabia nem ligar um computador. Chamei um amigo, o Feba, para me ensinar a ligar e desligar o PC, ainda bem que s� tinha tr�s... Foram muitos tombos, muitos "n�o vai dar certo", muitos "voc� � gente do toninho", "voc� � oposi��o"... N�o foi f�cil, mas foi bom... Aprendi muito, conheci gente importante, gente bacana, gente humilde... Pude ajudar v�rias pessoas e tamb�m fui muito ajudado. Por estar no sindicato, tive a oportunidade de fazer um curso t�cnico onde aprendi coisas novas, onde conheci pessoas novas, meu amigo Bigode... No sindicato pude ver quem � amigo de verdade, quem me auxiliava sem segundas inten��es, quem s� queria ajudar, somar... No sindicato pude ter meu primeiro computador, conheci Jornalistas, Advogados, Vereadores, Prefeitos, Deputados, v�rios presidentes de Sindicatos, Federa��es, Centrais Sindicais Brasil afora... No sindicato eu cresci... Mas tamb�m foi ruim, pois no sindicato meu n�vel de estresse subiu uns centis por cento e tive o desprazer de fazer inimigos... Uns pela minha arrog�ncia, minha intoler�ncia, pela minha falta de paci�ncia e outros pela ganancia, pela inveja, pelo desrespeito, etc... Um motivo que levou algumas pessoas a n�o gostarem de mim � que, certo dia, um ent�o Prefeito e candidato a reelei��o, foi � m�dia escrita e falada e disse em alto e bom tom que, se reeleito, manteria a carga hor�ria de trabalho de seis horas,o que levou muitos a firmarem compromissos, confiando na palavra daquele que parecia falar a verdade, acabou a elei��o e acabou tamb�m a promessa, volta as oito horas e muitos chegaram ao presidente do sindicato e indagaram:

- "E a�, voc� vai fazer o qu�?".

- "Eu pago o sindicato para voc� correr atr�s dos meus direitos, se vira".

- "Eu sabia que voc� estava comprado".

Fazer o que gente, como for�ar uma pessoa a cumprir um prometido da boca para fora??? Fomos ao Minist�rio P�blico e � Justi�a Comum, fomos ao TRE e ao TSE e o que ouvimos � que a Lei rege que se trabalhem quarenta horas semanais, que o Doutor n�o era o primeiro e nem o �ltimo a fazer promessas e n�o cumprir... Mas alguns Servidores n�o queriam nem saber, queria � trabalhar seis horas di�rias e o Sindicato tinha que se virar... E o Claudio do Sindicato � quem era o culpado, pois n�o fez nada, adquirindo assim alguns desafetos... No sindicato eu perdi minha companheira de mais de 15 anos de conviv�ncia, claro que culpa minha e o estresse de tanta cobran�a contribuiu, n�o consegui separar o profissional do pessoal, levava problemas dos outros para casa e minha companheira n�o suportou... Certa vez, num congresso de uma Central Sindical, ouvi o palestrante dizer que ao entrarmos para a vida sindical, nossas esposas casa-se com o sindicato tamb�m, mas a minha n�o quis ser b�gama e eu me dei mal... Foram longos dois anos vivendo sozinho, ouvindo todos os tipos de problemas alheios e n�o tendo com quem compartilhar � noite... No sindicato eu me afastei do "Senhor"... Tinha tempo para ouvir muitas pessoas, tentar resolver alguns problemas, mas n�o tinha tempo para ouvir e agradecer ao "Senhor"...

Estava muito ocupado ou muito cansado... No sindicato perdi algumas pessoas as quais eu estimava muito, por culpa minha ou n�o... Conheci pessoas que queriam se aproveitar, que queriam aparecer, se dar bem... Briguei com muita gente boa e muita gente ruim tamb�m, pelos direitos dos outros... Botei minha cara � tapa por pessoas que mereciam e por quem n�o merecia tamb�m... Criei muitas inimizades... Deixei de cuidar da minha vida para cuidar dos interesses de outros... Ouvi muitos "valeu Presidente", "parab�ns Claudio", "t�mo junto"...

Mas ouvi tamb�m muitas palavras de des�nimo, de cr�tica, de desrespeito, palavras que me machucaram, que me ofenderam, pessoas que queriam que eu desse um jeito de resolver suas vontades, mesmo indo de encontro ao que diz a Lei... N�o foi f�cil... Mas passou... Quero pedir minhas mais sinceras desculpas aos que eu, de alguma maneira, ofendi, que eu tratei com arrog�ncia, que eu n�o tive tempo de dar aten��o... �queles que ficaram decepcionados comigo, pe�o: - Me perdoem... Desculpa minha falta de sensibilidade...

Tenho sido um fraco, n�o consegui conciliar trabalho e amizade, trabalho e paci�ncia,
trabalho e fam�lia... Consegui ser competente, mas, para muitos, s� isso n�o basta. Deixo a presid�ncia do SISMAPKI com a consci�ncia tranquila, sabendo que fiz o que pude... Estou deixando o sindicato legalizado, hoje nosso sindicato existe, est� registrado e legalizado junto a todos os �rg�os, sem d�vidas, com reconhecimento de v�rias autoridades e com credibilidade diante de muitos Servidores, sindicalizados ou n�o. Quero agradecer aos companheiros que acreditaram na minha pessoa e se juntaram a mim na "chapa Quente" no come�o de 2009, foram 22 pessoas �vidas por justi�a, por melhores condi��es de trabalho, por valoriza��o de seu trabalho e agradecer tamb�m aos 68 votos de confian�a que nos elegeram. Continuarei empregando o que aprendi, auxiliando o novo Presidente em sua gest�o frente ao SISMAPKI. Meu amigo Rodriguinho que est� chegando com g�s novo, com vontade de novas conquistas... Fazendo um balan�o geral desses poucos mais de quatro anos � frente do Sindicato posso dizer que houve empate... As perdas foram algumas, as vit�rias e aprendizados tamb�m e, no final, n�o sa� perdendo e nem ganhando, s� foram mais quatro anos que se passaram em minha vida, a experi�ncia que adquiri compensou o lado negativo desse per�odo e a vida continua, agora com minha fam�lia. �, voltei para minha fam�lia e ela me aceitou, gra�as a Deus que nunca me desamparou... Deixou-me sofrer um pouco, � verdade, mas sempre ao meu lado.

Um abra�o a todos e obrigado por tudo.

Marata�zes, 20 de dezembro de 2013.

Fonte: O Autor
 
Por:  Claudio Luis de Almeida Monteiro    |      Imprimir