Categoria Opinião  Noticia Atualizada em 17-02-2014

UMA “SENHORA” DE 104 ANOS
Shirley Temple, a eterna menininha dos cachinhos dourados de Hollywood, rendeu-se ao peso dos anos. Enquanto pôde, encantou gerações com a sua graça e o enorme talento consagrado, principalmente, pela sétima arte...
UMA “SENHORA” DE 104 ANOS

O mundo despediu-se, no último dia dez de fevereiro, daquela que foi, indubitavelmente, a atriz mais famosa do cinema americano. E não podia ser diferente. Nascida em 1928, aos três anos já recebia aula de danças; aos seis, foi premiada com o primeiro Oscar Mirim; aposentou-se do cinema com vinte e um anos e mesmo assim protagonizou cerca de sessenta filmes, hoje disputados pelos cinéfilos em todo o planeta...

Um dos maiores humoristas brasileiros, diante da certeza do pouco tempo de vida que lhe restava, declarou que não tinha medo da morte e sim "pena de morrer". Deixando de lado a vaidade natural de artista que o levou a se expressar dessa forma, a gente sente, de fato, "uma certa peninha" quando personalidades dotadas deste "algo mais" deixam a existência. Lembro aqui a frase do ator italiano Vittorio Gassman (1922-2000): "Deus só fez uma coisa imperfeita. Deveria nos dar duas vidas: uma para ensaiar e outra para representar." E, aqui pra nós, há nisso uma certa profundidade teológica que Gassman, naturalmente, desconhecia!

Há personalidades que, ao deixarem o palco da vida, levam consigo tudo o que realizaram ou tencionaram realizar. Nada fica em termos efetivos de contribuição para tornar o mundo melhor... Por não ser de bom tom, nego-me a dar exemplos, mas não é necessário que o meu leitor seja um filósofo para concordar comigo. Já, outros não: ficamos com a sensação de que partiram cedo, poderiam te vivido mais... Desses, pode-se dizer que deixaram um legado cujas influências hão de se perpetuar através dos séculos!

Agora, se falamos de personalidades marcantes, por que não lembrarmos instituições também? Há pouco, duas tradicionais Instituições de Ensino, no Rio de Janeiro, viram-se torpedeadas pela imprensa, por conta de procedimentos que manchavam sua reputação. A bancada de deputados federais do Rio de Janeiro entregou um documento ao Ministério da Educação (MEC) pedindo a federalização da "Gama Filho" e da "UniverCidade". As duas instituições foram recentemente descredenciadas pelo MEC, depois de uma crise sem precedentes, com salários atrasados e prédios se deteriorando... Claro é que por trás desses problemas, estão pessoas que mostraram incompetência, para dizer pouco, à frente dessas instituições outrora tão respeitadas. Felizmente, há Instituições no âmbito da Saúde, da Educação e mesmo da Religião que despertam nossa atenção pela sua longevidade, com relevante parcela de contribuição em prol da comunidade onde se inserem... Poderia citar várias, mas seria cansativo.

Chego ao ponto. Tive o privilégio de estar presente nas comemorações do centésimo quarto aniversário da Primeira Igreja Batista de Barra do Itapemirim, há anos no mesmo endereço, "Rua da Caixa Econômica". Agora com santuário novo, ar condicionado, prédio de Educação Religiosa de três pavimentos, contando com amplas e ventiladas salas de estudo para todas as idades, espaçoso local de estacionamento, com entrada pela rua lateral... Beleza!

Atualmente, sob a liderança do Reverendo Leandro Saldanha, pastor há três anos ali, a tradicional Igreja deixa transparecer uma certa robustez nos seus bem vividos 104 anos. Li, no último Boletim Informativo: "Aos 104 anos a PIB da Barra tem em seu rol de membros 422 nomes arrolados e várias Igrejas filhas, dentre as quais: PIB em Campo Acima, PIB de Itapemirim, PIB de Marataízes, IB Nova Emaús e IB Ebenézer, em Lagoa D’antas"... Quer dizer: uma estimulante história de vida.

Estou certo de que todos os evangélicos bem intencionados desta Região deveríamos nos alegrar e homenagear esta "Senhora de 104 anos". Coisa fácil de entender: Foram os pioneiros dessa Igreja que plantaram a semente que hoje frutifica de forma abundante por aqui. Negar isso é negar que eles - os pioneiros - enfrentaram os preconceitos que naturalmente faziam parte daquele momento histórico. Se hoje evangélicos ainda são olhados como "uma nova seita" que precisa ser contida no seu avanço, imagine nos idos de 1910...

Rendo, pois, minha homenagem a esta longeva Instituição no seu relevante papel de melhorar a sociedade, oferecendo o que de melhor ela possui: uma oportunidade de conhecer a mensagem cristã na sua verdadeira essência. Parabéns, PIB da Barra!

Fonte: Redação Maratimba.com
 
Por:  Silvio Gomes Silva    |      Imprimir