Categoria Politica  Noticia Atualizada em 01-03-2014

Rússia mandou 6 mil soldados à Crimeia, acusa Ucrânia
Tensão separatista cresce na região ucraniana pró-russa.
Rússia mandou 6 mil soldados à Crimeia, acusa Ucrânia
Foto: AFP, Vasiliy BATANOV

O ministro ucraniano da Defesa afirmou neste sábado (1º) que a Rússia enviou 6 mil militares à região separatista da Crimeia, aumentando a tensão na região.

Mais cedo, o premiê interino da Ucrânia em crise, Arseny Yatseniuk, pediu que a Rússia retire suas tropas do território, pois o deslocamento viola os acordos bilaterais.

Yatseniuk fez o pedido durante uma reunião do governo ucraniano de coalizão que assumiu após a destituição, pelo Parlamento, do presidente pró-russo Viktor Yanukovich.

A imprensa ucraniana informou que militares armados com metralhadoras utilizadas habitualmente pelo Exército russo tomaram posições junto ao Parlamento da Crimeia em Simferopol, a capital da república autônoma.

Homens armados assumiram o controle de dois aeroportos na região da Crimeia nesta sexta, uma situação que os novos líderes da Ucrânia descreveram como uma invasão por parte de forças russas.

Ao mesmo tempo, o presidente deposto Yanukovich reapareceu na Rússia depois de uma semana foragido, e disse não reconhecer as novas autoridades ucranianas.

Ainda nesta sexta, pelo menos 20 homens vestindo o uniforme da frota russa do Mar Negro e armados com rifles cercaram um posto de fronteira da Ucrânia, perto da cidade portuária de Sebastopol, na Crimeia.

De acordo com a Reuters, um representante do governo central na Crimeia disse que 13 aeronaves russas desembarcaram na península do Mar Negro com 150 pessoas a bordo cada uma.

Mais de 10 helicópteros militares russos sobrevoaram a Crimeia e militares russos bloquearam uma unidade da guarda de fronteira ucraniana na cidade portuária de Sevastopol, disse o guarda.

Obama
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez um discurso sobre a crise na Ucrânia nesta sexta, e disse que os Estados Unidos estão muito "incomodados" com a ação militar russa na região.

"Qualquer violação na soberania da Ucrânia será profundamente desestabilizadora", disse Obama.

"Os EUA vão estar ao lado da comunidade internacional afirmando que haverá custos para qualquer intervenção militar na Ucrânia", acrescentou o presidente americano.

"Estamos agora profundamente incomodados com os relatos de movimentações militares feitos pela Federação Russa dentro da Ucrânia", disse Obama a jornalistas na Casa Branca.

O presidente interino da Ucrânia, Olexander Turchinov, também pediu nesta sexta que o presidente russo, Vladimir Putin, "pare imediatamente com sua agressão não dissimulada e retire seus militares da Crimeia", em declarações transmitidas pela televisão.

Turchinov denunciou uma provocação de Moscou, pois, segundo ele, "provoca-se o conflito e, em seguida, anexa-se o território".

Ele fez uma comparação dessa situação com a intervenção da Rússia na Geórgia em 2008.

Rússia mandou 6 mil soldados à Crimeia, acusa Ucrânia
Tensão separatista cresce na região ucraniana pró-russa.
Presidente ucraniano deposto disse não reconhecer novas autoridades.


Fonte:

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Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir