Categoria Policia  Noticia Atualizada em 07-03-2014

Família de jovem morta na Rocinha pede rapidez nas investigações
Gleiciane da Silva, de 18 anos, foi encontrada morta em banheiro de bar. Moradores fecharam Auto Estrada Lagoa-Barra na quinta, pedindo justiça.
Família de jovem morta na Rocinha pede rapidez nas investigações
Foto: g1.globo.com

A família e os amigos de Francisca Gleiciane Oliveira da Silva, de 18 anos, encontrada morta na Favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio, nesta quarta-feira (5), pedem rapidez nas investigações para descobrir a autoria no assassinato. Como mostrou o Bom Dia Rio, um protesto de moradores da comunidade fechou a Auto Estrada Lagoa-Barra, no sentido Zona Sul, no início da noite de quinta-feira. Moradores da Rocinha e parentes da vitima fizeram um grande cartaz que foi estendido na passarela de pedestres, no fim tarde. Pétalas de rosa foram jogadas sobre a via, pedindo justiça.

""A gente pede socorro. A gente exige que a polícia pegue ele o mais rápido possível", disse Carlos Eduardo Barbosa, morador da comunidade.

Polícia já tem suspeito

A Polícia Civil já tem um suspeito de ter assassinado a jovem. Amigos e parentes desconfiam de um homem que alugou, para morar, o bar onde ela foi encontrada morta, sem roupas, amarrada e com vestígios de violência sexual.

Agentes da Delegacia de Homicídios, que investiga o caso, não quiseram dar detalhes de quem seria a pessoa investigada para não atrapalhar as investigações. Parentes e vizinhos, entretanto, também já desconfiavam do comportamento deste suspeito.

É o caso do garçom Francisco Alves de Almeida, de 52 anos, que mora ao lado do bar. No enterro de Gleice, como gostava de ser chamada, nesta quinta, ele relatou que um homem — inquilino deste bar - foi até a sua casa pedir água por volta das 23h30 de terça-feira.

"Ele me disse: "Estou sem água há quatro dias". Perguntei por que ele estava nervoso, ele disse que tinha tomado um negócio. Depois, me disse que trabalhava numa barraquinha em São Conrado. Eu desconfiei por ele ter alugado um comércio para morar. Isso foi há mais ou menos um mês. Achei ele suspeito, porque ele sempre usava boné e óculos" , disse o garçom.

Francisco contou que depois foi até o bar e perguntou se estava caindo água. "Ele estava meio trêmulo. Eu pedi para ele olhar no banheiro. Ele disse, nervoso: "No banheiro, não, porque a descarga está arrebentada. Você não pode ir no banheiro, não", contou.
No momento em que Francisco foi até o bar, o suspeito estava fazendo as malas e disse que iria viajar para São Paulo.

O enterro de Gleice teve clima de comoção na tarde desta quinta. No cemitério São João Barista, em Botafogo, Zona Sul, amigos e familiares disseram que a jovem de 18 anos queria ir ao Nordeste visitar a família e, na volta, arrumar um trabalho para sustentar o filho, de 2 anos.

Stephany de Oliveira estudava com Gleice e a encontrava diariamente. Segundo a amiga, a jovem queria ir até o Ceará visitar a avó e conseguir um trabalho. "O sonho dela era trabalhar e dar tudo do melhor pro filho dela.", disse Stephany.

A mãe de Gleice viajou no final do ano para o Ceará e queria levar o neto junto. Gleice não deixou e disse à mãe que iria terminar os estudos e depois viajaria para o Nordeste para que sua família pudesse conhecer seu filho. Gleice morava com a mãe, o filho e o irmão.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir