Categoria Geral  Noticia Atualizada em 14-03-2014

Reforma ministerial não resolve crise
Dilma anunciou indicações para seis ministérios sem consultar PMDB.
Reforma ministerial não resolve crise
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A reforma ministerial anunciada pela presidente Dilma Rousseff nesta quinta-feira (13) não "resolve nem reduz" a crise na base aliada, disseram ao G1 os líderes do PP e do PMDB na Câmara, partidos que tiveram integrantes nomeados para comandar ministérios.

Para tentar acalmar os ânimos de partidos governistas, Dilma acelerou as trocas ministeriais e anunciou novos nomes para o comando de seis pastas.
Para o líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ), as mudanças "não ajudam nem atrapalham" a relação fragilizada entre o Palácio do Planalto e o partido.

Na reforma ministerial, a sigla que é o foco maior da tensão com o Executivo, manteve o comando do Ministério da Agricultura, com a indicação de Neri Geller (PMDB), atual secretário de Política Agrícola do ministério, para substituir Robson Andrade (PMDB-MG).
Já o Ministério do Turismo, que era comandado pelo peemedebista Gastão Vieira, será ocupado pelo gerente de assessoria internacional do Sebrae, Vinicius Nobre Lages, que é ligado ao PMDB, apesar de não ser filiado.

"A reforma não ajuda nem atrapalha na relação do governo federal com o PMDB. É irrelevante. A bancada não indicou nomes, disse que não faria qualquer indicação para ministério, então não estamos preocupados se os nomes são ou não do PMDB. Para a bancada da Câmara, isso tudo é absolutamente irrelevante", afirmou Eduardo Cunha ao G1.

De acordo com o peemedebista, os problemas do partido com o governo atualmente "são outros". "Muita coisa tem que mudar para melhorar a relação entre o Planalto e o partido."

Entre os motivos da insatisfação dos deputados peemedebistas, estão desavenças na formação de alianças com o PT para as eleições estaduais, a não liberação de verbas de emendas parlamentares, pouca participação nas decisões do Executivo e falta de prestígio no lançamento de programas e obras do governo federal.

Mais conciliador, o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), disse acreditar que as mudanças nos ministérios "aos poucos" melhorem o clima entre o Legislativo e o Executivo. "Acredito que é possível que aos poucos essas mudanças irão acalmando a base aliada na Câmara."


Reforma ministerial não resolve crise, dizem líderes de partidos da base
Dilma anunciou indicações para seis ministérios sem consultar PMDB.
Para líder do partido na Câmara, anúncio não ajuda nem atrapalha.

Fonte:

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Por:  Alexandre Costa Pereira    |      Imprimir