Categoria Geral  Noticia Atualizada em 26-03-2014

Estudantes mantêm ocupação da reitoria da UFSC após confronto
Estudantes ocupam o prédio da reitoria desde a noite de terça, em protesto. Audiência às 16h deve debater situação com comunidade acadêmica.
Estudantes mantêm ocupação da reitoria da UFSC após confronto
Foto: g1.globo.com

Os estudantes que invadiram a reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) no final da tarde desta terça (25) continuavam no local até a manhã desta quarta-feira (26). Às 16h, uma audiência pública deve debater o confronto entre policiais e estudantes que resultou na ocupação do prédio da reitoria da instituição.

A assessoria de imprensa da universidade informou que não havia um posicionamento sobre a ocupação do espaço, bem como não se sabia o número de pessoas no local. Conforme os representantes da instituição, estão sendo realizadas reuniões para tentar solucionar a situação da melhor forma.

Por volta das 15h de terça, a prisão de um estudante que estaria fumando maconha no campus culminou no início do confronto entre Polícia Federal e estudantes. Cerca de 300 pessoas participaram do movimento em protesto contra a ação policial.
Dois carros oficiais foram virados pelos manifestantes durante o tumulto, um da PF e outro da segurança do campus. Durante o tumulto, alunos e professores foram agredidos.

A Polícia Federal precisou acionar a tropa de choque da Polícia Militar para auxiliar na dispersão dos estudantes. Os policiais utilizaram bombas de efeito moral e balas de borracha. Cinco pessoas foram detidas após a confusão e levadas para a sede da Polícia Federal, assinaram um termo circunstanciado e foram liberadas.

Em nota de repúdio, a reitora e a vice, Roselane Neckel e Lúcia Helena Martins Pacheco, afirmaram que "foram agredidos muitos estudantes, técnicos administrativos e professores". Entre eles, o diretor do Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Paulo Pinheiro Machado, que tentava negociar o controle pacífico da situação. Além deles, outros integrantes da administração universitária estavam no local tentando controlar o tumulto. "Toda a comunidade e autoridades universitárias foram profundamente desrespeitadas".

"Em vários momentos já destacamos que agir dessa forma dentro do campus poderia colocar em risco a vida das pessoas. As crianças saiam do Núcleo de Desenvolvimento (NDI) e entraram em pânico no momento em que as bombas de gás começaram a ser lançadas. O cenário rememorava os períodos vividos nos mais violentos regimes de exceção", ressalta o texto.

As reitoras afirmaram que, imediatamente após saberem da ação policial, entraram em contato a Secretaria de Relações Institucionais, Ministério da Justiça e a Secretaria de Direitos Humanos em Brasília, para que auxiliassem na mediação do conflito. "Reafirmamos nosso total repúdio ao lamentável episódio vivido hoje pela Comunidade Universitária. E reiteramos que, em nenhum momento, solicitamos ou fomos previamente informadas dessa ação", reforça a nota.


Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir