Categoria Geral  Noticia Atualizada em 01-04-2014

MP-GO investiga postagens de detento em rede social após ser preso
Suspeito de homicídio publicou mensagem sobre revólver, em Rio Verde. Postagens foram feitas duas semanas depois que ele foi capturado.
MP-GO investiga postagens de detento em rede social após ser preso
Foto:g1.globo.com

O Ministério Público Estadual em Goiás (MP-GO) investiga se detentos da Casa de Prisão Provisória de Rio Verde, no sudoeste de Goiás, vêm realizando postagem em redes sociais por meio de celulares. A suspeita veio depois que um dos detentos, um jovem de 18 anos suspeito de homicídio, realizou publicações na rede duas semanas após ser preso. Em uma das mensagens, ele faz referência a um revólver e diz: "Quem brinca com revólver não conhece a alegria".

De acordo com o promotor Wagner Pina Cabral, será pedida a abertura de inquérito policial e administrativo para apurar como o detento realizou as postagens e se há colaboração de funcionários do presídio. "Essa colaboração pode ser feita de duas formas: ou com a participação ativa permitindo a passagem de celulares para dentro do presídio, ou através da omissão, ou seja, uma fiscalização falha, uma revista falha no presídio, essa conivência que, às vezes, nem é voluntária, mas pode ocorrer", afirma Cabral.

"Se comprovada participação de funcionário de forma ativa esse funcionário vai ser denunciado. Se comprovado que é por omissão, o MP vai exigir dos administradores do presídio ação no sentido de evitar que os funcionários sejam coniventes por omissão, permitindo, fazendo vistas grossas", completa o promotor.

Essa não é a primeira vez que presos em Rio Verde utilizam a internet para se comunicar em redes sociais. Há menos de dois anos, o caso em que uma festa de aniversário feita dentro do presídio e divulgada em fotos dos próprios detentos na rede também foi investigado pelo MP. Em outra postagem, um detento exibia um cigarro de maconha dentro de uma cela.

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária e Justiça (Sapejus) afirma que abriu uma sindicância para apurar se as postagens foram feitas de dentro da Casa de Prisão Provisória e se houve participação de servidores.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir