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Menino atropelado aguarda há cinco dias por cirurgia em São Vicente, SP
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Matheus foi atropelado por um carro ao tentar atravessar a rua.
Previsão do médico é que operação só ocorra após o dia 17 de abril.
Foto: g1.globo.com Após ser atropelado por um carro, um menino de 10 anos aguarda uma vaga para fazer uma cirurgia no fêmur em São Vicente, no litoral de São Paulo. Porém, a longa espera vem preocupando a família do garoto, que não consegue mais se levantar da cama e sofre com outro problema de saúde.
No último fim de semana, Matheus Victor Alencar Pereira estava com o pai, Adilson Pereira, na casa de uma tia no bairro Parque Bitaru. Segundo o pai do menino, ele saiu para comprar cigarros e o filho o seguiu, mas foi atingido por um carro quando tentava atravessar a rua. Matheus foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros no local do acidente e levado ao Hospital Municipal da cidade, onde permanece internado.
O menino sofreu uma grave fratura no fêmur e precisará passar por uma cirurgia. Mas, por não ter plano de saúde, ele foi incluído na fila de espera do Sistema Único de Saúde (SUS) e a previsão dada pelo médico para a realização do procedimento é após o dia 17 de abril. A situação preocupa bastante o pai de Matheus. "É um absurdo uma criança ser obrigada a ficar esse tempo todo deitada. Meu filho não pode levantar, não vai ao banheiro. Ele passa as noites chorando de dor e os remédios não adiantam. Algo precisa ser feito", reclama o pai do menino. Adilson afirma que, segundo o médico que atendeu seu filho, o garoto só poderá passar na frente se alguém morrer ou desistir da cirurgia.
Adilson é auxiliar de limpeza e não aparece no trabalho desde a última segunda-feira (31), um dia após o atropelamento do filho. "Eu entreguei um atestado que peguei com o médico e ainda não me questionaram. Mas, não posso ficar sem trabalhar", conta o homem. Ele acrescenta que a mãe do menino mora na capital paulista, mas veio dormir com o filho no hospital.
Além da fratura, o pai de Matheus se preocupa com uma úlcera estomacal que ele desenvolveu quando tinha quatro anos. "Na época, o problema foi controlado. Mas, agora, com ele deitado e sem poder usar o banheiro há dias, nós temos medo da doença voltar ainda mais grave", finaliza Adilson.
O G1 entrou em contato com a Prefeitura de São Vicente para falar sobre a situação do garoto mas, até o fechamento desta reportagem, não obteve retorno.
Fonte: g1.globo.com
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Por:
Maratimba.com |
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