Categoria Geral  Noticia Atualizada em 07-04-2014

Adolescente famoso em "rolezinhos" morre em São Paulo
Testemunhas dizem que ele foi agredido com pancada na cabeça em festa. Celebridade nas redes sociais, Lucas Lima disse que iria deixar "rolezinhos".
Adolescente famoso em
Foto: g1.globo.com

O estudante Lucas Oliveira Silva de Lima, de 17 anos, um dos participantes dos "rolezinhos" em shoppings de São Paulo morreu no sábado (5). Segundo boletim registrado no 24º Distrito Policial, testemunhas dizem que ele foi agredido com uma pancada na cabeça durante uma festa.

O adolescente chegou a ser levado ao Hospital Alípio Corrêa Netto, mas morreu em decorrência de uma parada cardio-respiratória.
Aos policiais, o pai de Lucas Lima disse que não localizou nenhuma lesão externa no corpo do filho. O caso foi registrado como morte suspeita e será investigado pela equipe do 64º Distrito Policial.

Os familiares relataram aos policiais que Lucas Lima saiu de casa na sexta-feira (4), afirmando que iria a uma festa e depois dormiria na casa de um irmão. No sábado, por volta das 18h30, o pai do garoto voltou do trabalhado e foi informado por um conhecido sobre a agressão.

No boletim de ocorrência, o pai disse que a família decidiu então buscar informações sobre o filho nos hospitais da região. Funcionários do Hospital Alípio Corrêa Netto contaram aos parentes que o garoto já chegou morto ao centro médico.

Famoso no Facebook

Seguido por 56 mil pessoas no Facebook, Lucas deu entrevista e gravou um vídeo para o G1 (veja acima), publicados no dia 15 de janeiro. O estudante contou que frequentava os rolezinhos desde o fim de 2013 com o objetivo de se divertir, cantar funk e conhecer novas pessoas. Mas, com tumulto ocorrido no começo do ano no Shopping Metrô Itaquera, Lucas disse que decidiu "se afastar" dos rolezinhos. "Não quero cair em cadeia por causa disso", disse.

Lucas foi um dos abordados pela Polícia Militar no encontro no shopping da Zona Leste.

Apontado como um dos organizadores do "rolezinho", o jovem foi intimado por um oficial de Justiça. Ele negou ter sido organizador do encontro.

"Ele (oficial de Justiça) me disse que, caso acontecesse baderna em um outro ‘rolê’, eu teria que pagar R$ 10 mil. Não tenho como pagar tudo isso", disse. Por não ter o dinheiro, o jovem temia ser detido se recebesse a multa.

Morador de Itaquera, ele vivia com a família em uma casa simples em uma viela a poucas quadras do shopping. O centro de compras era um dos lugares mais frequentados por ele. Era lá que Lucas gastava o dinheiro (acumulado em bicos de auxiliar de pedreiro e de estoquista, entre outros) em roupas de marca. Vaidoso, ele gostava de usar Oakley, Adidas e Polo Ralph Lauren.

Início dos "rolezinhos"

Os encontros começaram como pancadões, contou Lucas ao G1. Jovens marcavam de se encontrar em ruas perto de escolas do bairro para cantar e ouvir funk. Com o interesse e o consequente aumento do número de participantes, os jovens decidiram participar de encontros nos shoppings. "A gente queria marcar no estacionamento, porque cabe mais gente."

O estudante lembrava com carinho dos primeiros "rolezinhos". "A gente conhecia muitas pessoas, fazia amizades. E ficava com as meninas. Em cada um eu fiquei com umas seis, sete", disse.


Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir