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Acesso ao AC é normalizado após baixa do Rio Madeira, em RO

Após 63 dias fechada, BR-364 sentido Acre é totalmente liberada. Em Jacy-Paraná, água sobre a pista baixou mais de 60 centímetros.
Acesso ao AC é normalizado após baixa do Rio Madeira, em RO

Foto: g1.globo.com

Com a baixa do Rio Madeira - que atingiu a cota de 19,08 metros nesta segunda-feira (14) -, os trechos alagados da BR-364, entre Rondônia e Acre, após 63 dias fechada já foram totalmente liberados para o trânsito de veículos, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF). No Distrito de Jacy-Paraná, a lâmina de água sobre a pista baixou 60 centímetros. As balsas que operavam em desvios foram desativadas e em Abunã o antigo porto de atracação foi reativado nesta segunda-feira. Neste ponto, a travessia, que durava até três horas e meia, voltará a ser feita em cerca de 30 minutos, normalizando o acesso ao Acre.

Segundo a PRF, em alguns pontos da rodovia a lâmina de água sobre a pista já secou totalmente, em outros é quase inexistente, possibilitando a sua total liberação. Devido o longo período em que ficou submerso, o asfalto ficou danificado, situação que deve piorar conforme o transito foi se intensificando. "Por cima, o asfalto está seco, mas o solo abaixo continua encharcado, causando danos conforme a passagem dos veículos", explica o inspetor João Bosco Ribeiro, da PRF.

As balsas que operavam em um desvio em Jacy-Paraná e na localidade de Palmeiral - pontos críticos de alagação - foram desativadas, assim como o desvio em Abunã. Com isso, a travessia ao Acre passa a ser normalizada nesta segunda-feira (14), informou o órgão, que fará o percurso a fim de verificar a situação da pista e o tráfego na região após a liberação total da rodovia.

O nível do Rio Madeira baixou mais de 60 centímetros desde o maior pico já registrado, no dia 30 de março com 19,74 metros. Com isso, desvios com balsas foram criados para possibilitar o abastecimento do estado vizinho e de distrito da Ponta do Abunã. Em seu momento mais crítico, a BR-364 chegou a ser totalmente bloqueada, isolando parte do estado e o Acre. Especialistas do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), afirmam que o Rio Madeira pode demorar até cinco meses para atingir o menor nível, 3,70 metros.

Em todo o estado, a cheia história do Rio Madeira já atingiu cerca de 30 mil pessoas, entre desabrigados e desalojados. Porto Velho e 11 distritos foram os mais afetados. Desabrigados ocupam escolas, igrejas e barracas de lona enviadas pelo governo federal.

Fonte: g1.globo.com

Por: Maratimba.com | Imprimir