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Petrobras vai lutar por reajuste do preço de combustíveis

Graça Foster apresentou os resultados da Companhia ao lado dos diretores José Formigli (Exploração e Produção), Almir Barbassa (Financeiro e de Relações com Investidores), José Alcides Santoro (Gás e Energia), José Carlos Cosenza (Abastecimento)
Petrobras vai lutar por reajuste do preço de combustíveis

(Foto: Daniel Silveira / G1)

Depois de apresentar, na manhã desta segunda-feira (12), os resultados do 1º trimestre de 2014 da Petrobras para investidores e analistas, a presidente da companhia, Graça Foster, disse que será mantida a luta para reajustar os preços dos combustíveis ainda neste ano. Segundo ela, o aumento nos preços é necessário para reduzir a defasagem deles em relação ao mercado internacional. O relatório da Petrobras aponta uma perda de 30% do lucro líquido da companhia.

"Hoje a orientação do conselho é não repassar a volatilidade para o mercado e que a gente faça as correções sem repassar essa volatilidade. O real ficou menos depreciado no trimestre e isso nos trouxe para mais perto da convergência de preços. Mas, enquanto não há paridade plena, nós temos que estar considerando um aumento de preços", declarou Foster.

O governo, sócio majoritário da Petrobras, tem segurado o preço dos combustíveis para evitar o impacto negativo na inflação do país.

A empresa não apresentou nenhum percentual estimado de reajuste esperado.

A presidente da companhia destacou que a projeção de resultados é otimista e o cenário, promissor. Ela disse que a produção de petróleo terá crescimento de 7,5% em 2015. O primeiro trimestre, conforme relatório da companhia, atingiu 2,01 milhões de barris.

Foster afirmou também que as investigações sobre possíveis irregularidades em aquisições e contratações pela companhia não afetaram os resultados até o momento. Ao todo, há cinco comissões internas abertas. Um dos casos apurados é a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, que levantou suspeitas de superfaturamento e evasão de divisas. Ela foi adquirida por US$ 1,18 bilhão pela petroleira nacional em 2006, quando seu valor de mercado era de US$ 42 milhões.

Graça Foster disse que a previsão é de que em junho seja apresentado o resultado da auditoria da comissão sobre a situação da refinaria de Pasadena. "Já está chegando ao final [o trabalho da comissão]. A data que eu tenho é 6 de junho, mas essa é uma data prevista", disse.

A presidente afirmou que a auditoria é um trabalho multidisciplinar que precisou ser prorrogado para garantir melhor apuração. A produção em Pasadena atinge atualmente a marca de 103 mil barris ao dia o que, para Foster, "é um bom resultado".

Funcionários
Foster destacou também que o Programa de Demissão Voluntária (PDV) tende a beneficiar a companhia com a redução de custos, a manutenção de talentos e a formação de novos talentos dentro da empresa. A estimativa é de que, ao todo, 8,2 mil profissionais deixem o quadro de funcionários.

"O PDV é um programa que nos motiva, mas nos entristece pela saída de alguns amigos que ajudaram a criar a companhia. O programa é oportuno para atender a redução de custos", afirmou Foster.

Petrobras vai lutar por reajuste do preço de combustíveis, diz presidente
Para Graça Foster, é necessário reduzir defasagem.
Projeção indica que produção de petróleo deve crescer 7,5% em 2014.

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Por: Alexandre Costa Pereira | Imprimir