Juíza considera crimes cometidos há 33 anos imprescritíveis.
www.jfrj.jus.br A juíza Ana Paula Vieira de Carvalho, da 6ª Vara Federal do Rio, aceitou a denúncia do Ministério Público Federal contra cinco militares e um delegado envolvidos no caso da explosão de bombas no Riocentro, na Zona Oeste do Rio, há 33 anos, durante a ditadura militar. Em seu despacho, a juíza disse que o caso é imprescritível por se tratar de um crime contra a humanidade pelo Direito Internacional.
A denúncia foi aceita na terça-feira (13) e reenviada no mesmo dia ao Ministério Público Federal para vistas. Atendendo ao pedido do MPF, a Justiça Federal determinou que o Exército Brasileiro encaminhe as folhas de alterações dos denunciados e das testemunhas arroladas no prazo máximo de dez dias, sob pena de ser expedido mandado de busca e apreensão.
De acordo com a denúncia, os militares reformados Wilson Luiz Chaves Machado, Nilton de Albuquerque Cerqueira, Newton Cruz, Edson Sá Rocha, Divany Carvalho Barros e o ex-delegado Cláudio Antônio Guerra devem responder pelos crimes de homicídio tentado, formação de quadrilha ou bando, transporte de explosivos, fraude processual e favorecimento pessoal.
A denúncia foi elaborada pelo Grupo de Justiça de Transição do MPF. Denúncias feitas em 1981 e 1999 foram arquivadas pelo Tribunal Militar e pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) porque os magistrados entenderam que os acusados seriam comtemplados pela Lei da Anistia.
Em 1981, num show para comemorar o Dia do Trabalho, uma bomba explodiu no colo do sargento Guilherme do Rosário dentro do carro onde ele estava, no estacionamento do Riocentro, matando o militar e ferindo gravemente o então capitão Wilson Luiz Chaves Machado. Na mesma noite, outra bomba foi lançada na subestação de eletricidade do complexo com o objetivo de cortar a energia.
Justiça Federal do RJ aceita denúncia contra envolvidos no caso Riocentro
Juíza considera crimes cometidos há 33 anos imprescritíveis.
Em 1981 duas bombas estouraram no local durante um show.
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