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Alexandre Costa Pereira
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EUA indiciam militares chineses por espionagem industrial
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Segundo os EUA, pela primeira vez foi confirmado o envolvimento de oficiais chineses na espionagem
 AP Os Estados Unidos acusaram cinco oficiais do Ex�rcito chin�s de invadirem os sistemas de inform�tica de cinco empresas e um sindicato americanos, supostamente em busca de informa��es que conferissem vantagens competitivas a estatais chinesas. Os secret�rio de Justi�a americano, Eric Holder, disse que a espionagem eletr�nica teve "dimens�es significativas", com o roubo de segredos comerciais e documentos internos, e que ela exigia "uma resposta agressiva". Segundo Holder, � a primeira vez que � confirmada a participa��o de agentes estatais chineses neste tipo de caso. A China negou as acusa��es, que chamou de "inven��es", alertou que elas podem prejudicar as rela��es entre os dois pa�ses e exigiu que sejam retiradas. No entanto, n�o � a primeira acusa�� de espionagem digital contra o Estado chin�s. Em fevereiro, a empresa americana de seguran�a eletr�nica Mandiant j� havia alertado haver na China um dos grupos mais ativos do mundo em espionagem industrial, identificado pela sigla APT1. No seu relat�rio, a Mandiant destacou que o APT1 tem muito em comum com um bra�o secreto de espionagem do Ex�rcito chin�s conhecido como Unidade 61398. Os cinco chineses acusados pelo governo americano fazem parte da Unidade 61398. Entenda mais sobre ela: Onde ela est�? Em seu relat�rio, a Madiant diz ter investigado centenas de invas�es desde 2004 e atribui a maioria delas a grupos que denomina como APT, sigla para "advanced persistent threat" (amea�as avan�adas persistentes). "Estamos convencidos que estes grupos agem a partir da China e que o governo chin�s est� ciente disso", diz o documento. O mais ativo destes grupos � conhecido como APT1, que age desde 2006. Ele � "provavelmente patrocinado pelo governo", segundo a Madiant. "Acreditamos que o APT1 consegue realizar a��es de grande alcance e recebe apoio direto do governo." A empresa rastreou as invas�es promovidas pelo grupo e concluiu que elas partiram de um pr�dio de 12 andares na �rea de Pudong, em Shangai, �rea onde tamb�m fica localizada a Unidade 61398. A empresa americana ainda afirmou que a unidade militar e o grupo APT1 demonstram ter o mesmo n�vel de recursos e capacidade t�cnica. Qual seu tamanho? O grupo de espionagem tem centenas de funcion�rios ou at� mesmo milhares, segundo a Madiant. Todos falam ingl�s fluente e s�o altamente especializados em redes eletr�nicas e seguran�a digital. "Enquanto nossos empres�rios inovam e desenvolvem estrat�gias para competir no mercado global, os membros da Unidade 61398 passam seus dias roubando os frutos do nosso trabalho", acusou John Carlin, diretor da divis�o de seguran�a nacional do Departamento de Justi�a americano. Como atua? A APT1 j� teria invadido os sistemas de 141 empresas de 20 setores industriais, 81% delas baseadas em pa�ses de l�ngua inglesa. O grupo � acusado de roubar centenas de terabytes em informa��es confidenciais, como e-mails, planos de neg�cios, tabelas de pre�os, credenciais eletr�nicas e listas de contatos. A APT1 � capaz de invadir dezenas de redes simultaneamente. Num caso espec�fico, a invas�o durou 1.764 dias, em uma empresa de um setor industrial identificado pelo governo chin�s como estrategicamente importante para o pa�s em seu plano quinquenal. Por que � perigosa? O presidente americano, Barack Obama, classificou os ataques como uma "amea�a real" � seguran�a e � economia do pa�s. O impacto das a��es dos hackers chineses pode ser verificado, segundo o governo americano, no caso da SolarWorld, fabricante de pain�is de energia solar que est� entre os alvos dos hackers chineses. A companhia vem perdendo participa��o de mercado rapidamente para concorrentes chineses, que vendem produtos por um pre�o menor. Outro exemplo � a Westinghouse, do setor de energia. A empresa negociava a constru��o de uma usina nuclear com uma companhia estatal chinesa quando teria tido documentos com os detalhes roubados pela Unidade 61398. Segundo Jonathan Marcus, analista diplom�tico da BBC, a escala dos ataques chineses � "impressionante". "At� agora, a maioria dos ataques parecia ser uma vers�o digital da antiga espionagem, com roubo de documentos e segredos, mas este tipo de a��o se torna cada vez mais sinistra conforme cresce o interesse dos chineses em ter acesso a partes importantes da infraestrutura americana, como redes de g�s, energia e de distribui��o de �gua", diz Marcus. "Uma vez dentro dos computadores que controlam estas redes, � poss�vel causar danos f�sicos reais." O que diz a China? O pa�s nega veementemente ter feito espionagem industrial. "Nunca nos envolvemos no roubo de segredos industriais", disse o porta-voz do Minist�rio de Rela��es Exteriores, Qin Gang O governo ainda ressalta que sua "posi��o quanto � seguran�a da internet � consistente e clara" e que vem tomando medidas para prevenir este tipo de ataque virtual, pois tamb�m � v�tima deles. "Somos completamente contr�rios a esse tipo de invas�o eletr�nica", afirmou a Chancelaria em fevereiro ap�s a divulga��o do relat�rio da Mandiant. "Determinar a origem de um ataque � muito dif�cil. E n�o sabemos se as evid�ncias deste suposto relat�rio s�o confi�veis." O que acontecer� agora? A acusa��o feita pelos EUA � em grande parte simb�lica, j� que dificilmente os cinco oficiais chineses ser�o extraditados para serem julgados pela Justi�a americana. "Pela primeira vez, estamos expondo nomes e rostos de quem est� atr�s dos teclados em Shangai", disse Carlin. "No passado, o governo chin�s nos desafiou publicamente a apresentar provas. � o que estamos fazendo." Segundo Michael Wessel, da Comiss�o Econ�mica e de Seguran�a China-EUA, o caso "envia uma mensagem clara que os Estados Unidos agir�o ativamente para proteger seus interesses e garantir que a China siga as regras". As invas�es j� provocaram mudan�as na seguran�a digital americana. O Pent�gono anunciou em mar�o que triplicar� sua capacidade de defesa contra ataques virtuais. Por sua vez, a China suspendeu a coopera��o com os EUA em um grupo de trabalho de internet. Segundo Carrie Gracie, editora da BBC China, a rea��o chinesa n�o parar� por a�: "Uma vez que tenha tido tempo para digerir isso, � prov�vel que a China considere uma retalia��o ainda mais grave". EUA indiciam militares chineses por espionagem industrial; entenda. Foram acusados cinco oficiais do Ex�rcito chin�s por roubos de segredos comerciais de "dimens�es significativas"; a China nega Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/
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| Por: Alexandre Costa Pereira | Imprimir |
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