Categoria Geral  Noticia Atualizada em 26-06-2014

Funcionários e estudantes da USP fazem ato por libertação de aluno
Fábio Hideki Arano foi preso durante protesto na segunda-feira (23). Manifestantes fecharam Avenida Morumbi, na Zona Sul de São Paulo.
Funcionários e estudantes da USP fazem ato por libertação de aluno
Foto: g1.globo.com

Funcionários, estudantes e professores da Universidade de São Paulo (USP) fazem uma manifestação na manhã desta quinta-feira (26) para pedir a libertação do aluno Fábio Hideki Arano, preso na segunda-feira (23), na capital paulista, em um protesto contra os gastos públicos na Copa do Mundo.

O grupo chegou ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do estado, por volta das 11h. Eles elegeram cinco representantes para entrarem no prédio e debaterem o assunto com algum representante do governo.

A libertação de Arano é um dos pontos levantados no protesto por servidores e estudantes da universidade, que estão em greve desde o fim de maio. E os funcionários da USP não são os únicos a pedir a libertação do jovem. A Defensoria Pública de São Paulo entrou com um pedido de liberdade provisória para Arano e também para o professor de inglês e assistente de help desk Rafael Marques Lusvarghi, de 29 anos, ambos detidos em flagrante durante a manifestação.

Segundo a Defensoria, "não estão previstos requisitos que justificam a prisão" e, por isso, o órgão pediu que os acusados acompanhem o processo em liberdade. O pedido foi despachado com requisição para vistas do Ministério Público, que deve se manifestar antes da decisão final de um juiz.

Na segunda-feira, Tatiana Lusso, que se apresentou como advogada de Lusvarghi, negou que seu cliente seja um black bloc. Na terça-feira (24), o advogado Renato Pincovai, que defende Arano, apresentou a mesma negativa. "Ele é ativista. Teria se formado em jornalismo pela USP e agora é auxiliar de laboratório do Hospital Universitário."
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública (SSP), os dois estudantes foram indiciados por associação criminosa, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, incitação à violência, resistência e desobediência. De acordo com a pasta, esses crimes não preveem pagamento de fiança para responder em liberdade. Por isso, Arano e Lusvarghi continuam detidos.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Emella Simões    |      Imprimir