Categoria Geral  Noticia Atualizada em 26-06-2014

ONU diz que 183 mil mortes tiveram relação com as drogas
Dados estão em relatório divulgado nesta quinta-feira. Brasil é o país mais vulnerável ao uso e tráfico de cocaína, diz o texto.
ONU diz que 183 mil mortes tiveram relação com as drogas

Novo relatório divulgado nesta quinta-feira (26) pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) aponta que 183 mil mortes registradas em 2012 tiveram relação com entorpecentes, uma queda de quase 13% em relação ao ano anterior, quando foram calculados cerca de 210 mil óbitos.
A maioria das mortes de pessoas com idade entre 15 e 64 anos está concentrada na Ásia (78.600), seguida da América do Norte (44.600), e África (36.800). Os países da América Latina e Caribe tiveram juntos 4.900 óbitos em 2012.
A ONU classifica como mortes relacionadas com drogas os óbitos por overdose, consequência da transmissão de HIV ao injetar drogas, suicídios e traumas não intencionais sofridos por usuários.
O texto trouxe ainda a informação que entre 162 milhões e 324 milhões de pessoas no mundo consumiram ao menos uma vez alguma droga não permitida, como maconha, cocaína ou anfetamina, e que, em 2012, entre 16 milhões e 39 milhões eram dependentes químicos.
O documento ressalta que devem ser respeitados os direitos humanos de indivíduos que fazem uso frequente de tóxicos e oferecer tratamento médico para que possam abandonar o consumo. "Segue havendo grandes lacunas na prestação de serviços. Nos últimos anos, só um em cada seis usuários de drogas em escala mundial teve acesso ou recebeu tratamento", disse Yuri Fedotov, diretor-executivo da UNODC.
Tipos de drogas
A maconha continua sendo a droga mais consumida no mundo, com 177 milhões usuários, com uma leve queda global, embora nos EUA houve aumento da demanda devido à "impressão de que a cannabis não é tão perigosa", segundo a ONU.
O relatório indica que deverão se passar anos para poder avaliar o impacto que as legalizações no Uruguai e em estados dos EUA, como o Colorado e Washington, tiveram sobre a saúde, a justiça e gastos públicos.
O texto explica que os opiáceos (substâncias derivadas do ópio) e opioides (medicamentos que contam com o ópio como princípio ativo, como a morfina) estão no topo da lista de produtos que causam mais doenças e mortes relacionadas com a droga.
Os opiáceos são a droga consumida pela maioria das pessoas que procura tratamento na Europa e Ásia, enquanto na América é a cocaína. Em 2013, a superfície mundial de cultivo de papoula alcançou um recorde mundial com 296,7 mil hectares, com o Afeganistão gerando 80% da produção total de ópio após anos de aumento contínuo.
Cocaína
Ao contrário do ópio, as plantações de coca em 2013 marcaram, com 133,7 mil hectares, seu mínimo desde que começaram a ser feitas estimativas em 1990, com seu cultivo concentrado em três países: Peru, Colômbia e Bolívia.
O uso de cocaína está mais concentrado nas Américas, Europa e Oceania. Sobre o Brasil, o texto afirma que, por concentrar metade da população sul-americana, o país é o mais vulnerável ao tráfico e ao uso de cocaína.
Estimativa apresentada, baseado em um estudo de 2010 da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD), aponta que cerca de 3% dos estudantes universitários admitiram usar cocaína em 2009.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Gabrielly Rebolo    |      Imprimir