Categoria Geral  Noticia Atualizada em 04-07-2014

Porque escolhemos Dilma Rousseff
Queiram ou n�o, A�cio Neves e Eduardo Campos ser�o tragados pelo apoio da m�dia nativa e da chamada elite. Ou seja, da rea��o
Porque escolhemos Dilma Rousseff
Foto: Google/news.com

Come�a oficialmente a campanha eleitoral e CartaCapital define desde j� a sua prefer�ncia em rela��o �s candidaturas � Presid�ncia da Rep�blica: escolhemos a presidenta Dilma Rousseff para a reelei��o.

Este � o momento certo para as defini��es, ainda mais porque falta ch�o a ser percorrido e o comprometimento imediato evita equ�vocos. Em contrapartida, estamos preparados para o costumeiro desempenho da m�dia nativa, a alegar isen��o e equidist�ncia enquanto confirma o automatismo da escolha de sempre contra qualquer risco de mudan�a. Qual seria, antes de mais nada, o come�o da obra de demoli��o da casa-grande e da senzala.

O apoio de CartaCapital � candidatura de Dilma Rousseff decorre exatamente da percep��o de que o risco de uns � a esperan�a de outros. Algo novo se deu em 12 anos de um governo fustigado di�ria e ferozmente pelos porta-vozes da casa-grande, no combate que desfechou contra o monstruoso desequil�brio social, a tolher o Brasil da conquista da maioridade.

CartaCapital respeita A�cio Neves e Eduardo Campos, personagens de relevo da pol�tica nacional. Permite-se observar, por�m, que ambos est�o destinados inexoravelmente a representar, mesmo � sua pr�pria revelia, a pior direita, a rea��o na sua acep��o mais tr�gica. A direita nas nossas latitudes transcende os padr�es da contemporaneidade, � medieval. A�cio Neves e Eduardo Campos ser�o tragados pelo apoio da m�dia e de uma pretensa elite, retr�grada e ignorante.

A opera��o funcionou a contento a bem da desejada imobilidade nas elei��es de 1989, 1994 e 1998. A partir de 2002 foi como se o eleitorado tivesse entendido que o desequil�brio social precipita a polariza��o cada vez mais n�tida e, possivelmente, acirrada. Por este caminho, desde a primeira vit�ria de Lula, os pleitos ganham import�ncia crescente na perspectiva do futuro.

CartaCapital n�o poupou cr�ticas aos governos nascidos do contub�rnio do PT com o PMDB. No caso do primeiro mandato de Dilma Rousseff, vale acentuar que a presidenta sofreu as consequ�ncias de uma crise econ�mica global, sem falar das injun��es, at� hoje inescap�veis, da governabilidade � brasileira, a for�ar alian�as inc�modas, quando n�o daninhas. Feita a ressalva, o governo foi incompetente em termos de comunica��o e, por causa de uma concep��o �s vezes precipitada da fun��o presidencial, ineficaz no relacionamento com o Legislativo.

A equipe ministerial de Dilma, numerosa em excesso, apresenta lacunas mais evidentes do que aquela de Lula. Tirante alguns ministros de ineg�vel valor, como Celso Amorim e Gilberto Carvalho, outros mostraram n�o merecer seus cargos com atua��es desastradas ou nulas. A pr�pria Copa, embora resulte em uma inesperada e extraordin�ria promo��o do Brasil, foi precedida por graves falhas de organiza��o e decis�es obscuras e injustificadas (por que, por exemplo, 12 est�dios?), de sorte a alimentar o pessimismo mais ou menos generalizado.

Cr�ticas cabem, e tanto mais ao PT, que no poder portou-se como todos os demais partidos. Certo � que o empenho social do governo de Lula n�o arrefeceu com Dilma, e at� avan�ou. Por isso, a esperan�a se estabelece � deste lado. Queiram, ou n�o, A�cio e Eduardo ter�o o pronto, maci�o, �s vezes delirante sustent�culo da rea��o, dos bar�es midi�ticos e dos seus sabujos, e este custa caro.


Fonte: Google/news.com
 
Por:  Ana Luiza Schetine    |      Imprimir