Categoria Geral  Noticia Atualizada em 15-07-2014

Brics: especialistas defendem novo banco para combater assi
Acontece nesta ter�a-feira (14), em Fortaleza (CE), a 6� c�pula do Brics. A expectativa � que sejam assinados os acordos de cria��o do Novo Banco de Desenvolvimento dos Brics e o Acordo Contingente de Reserva, importantes mecanismos para a integra��o entr
Brics: especialistas defendem novo banco para combater assi
Foto: www.maratimba.com

Uma das grandes pol�micas em torno da cria��o do Banco � o investimento, uma vez que a ideia � que seja criada uma institui��o financeira conservadora e sustent�vel. Do capital total ( US$ 50 bilh�es ), 20% ser� investido em dinheiro, com parcelas de dois bilh�es de d�lares para cada um dos s�cios. Assim, em um primeiro momento, o Banco emprestar� capital apenas para os governos dos pa�ses do Brics.

Para o economista e professor da Unicamp, Pedro Rossi, a "iniciativa dos bancos marca um tipo de rela��o norte-sul que n�o existia antes. � um marco geopol�tico importante. Por enquanto, se restringe mais aos pa�ses com menos capital. Ou seja, o Brasil ganharia mais em poder pol�tico com essa iniciativa. A cria��o do Banco � um canal de influ�ncia do Brics nos pa�ses em desenvolvimento. � uma grande vantagem para o futuro. A dificuldade maior � reconhecer uma igualdade porque os pa�ses v�o investir quantias diferentes nesse projeto, mas me parece que isso ser� solucionado. Essa equipara��o tamb�m, por um lado � boa. Por outro, pode limitar a capacidade de financiar o banco porque a China pode investir uma quantia que a �frica do Sul n�o pode".

O professor de economia da Unicamp Antonio Carlos Macedo e Silva explica que "economistas desenvolvimentistas defendem, desde os anos 1940, a ideia de que iniciativas de integra��o entre pa�ses em desenvolvimento podem dar importante contribui��o ao processo de desenvolvimento. Mais recentemente, essa ideia, que inicialmente foi proposta tendo em vista o com�rcio, foi estendida ao �mbito das finan�as. O tema foi j� foi explorado em v�rios documentos da UNCTAD (Confer�ncia das Na��es Unidas para o Com�rcio e o Desenvolvimento)".

Antonio Carlos acredita que "os dois mecanismos [Novo Banco de Desenvolvimento e Acordo Contingente de Reserva] s�o uma resposta �s assimetrias do sistema financeiro internacional, que d� �s economias desenvolvidas um poder decis�rio que j� n�o corresponde a seu peso na economia internacional e que sempre pune os pa�ses deficit�rios, como se o d�ficit sempre tivesse origem em pol�ticas expansionistas - quando pode igualmente se dever a pol�ticas contracionistas adotadas nos pa�ses superavit�rios. O Banco de Investimento pode contribuir para acelerar o investimento em infraestrutura e o Acordo de Reservas pode ensejar a cria��o de mecanismos que enfrentem os desequil�brios do balan�o de pagamentos de forma mais equilibrada".

Sobre as expectativas para a economia que ser� definida a partir da reuni�o, Ant�nio Carlos diz: "Espero que os negociadores consigam definir formas de governan�a que n�o reproduzam as assimetrias de legitimidade duvidosa que caracterizam FMI e Banco Mundial, e que adotem normas de opera��o que, sem deixar de levar em considera��o a exist�ncia dessas institui��es, abram espa�o para a ado��o de pol�ticas respons�veis e eficazes, mas voltadas para a preserva��o do crescimento e atentas aos custos sociais dos processos de ajustamento, portanto diferentes daquelas que marcaram a frustrante atua��o do FMI na maior parte da sua hist�ria".


Fonte: Reda��o Maratimba.com
 
Por:  Larissa Carrijo    |      Imprimir