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MTST fecha vias e ocupa empresas de telefonia por melhoria do serviço

Manifestantes entraram na sede da Tim e da Anatel, na Zona Sul. Ato é para denunciar "abusos" das operadoras de telefonia celular.
MTST fecha vias e ocupa empresas de telefonia por melhoria do serviço

Foto: g1.globo.com

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e do Movimento Periferia Ativa realizaram protestos simultâneos em São Paulo nesta quarta-feira (16) para denunciar "abusos" das operadoras de telefonia celular.

Eles fecharam vias importantes da cidade, como as avenidas Bandeirantes e Juscelino Kubitschek, e invadiram o saguão dos prédios da operadora Tim, Claro, Oi e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

É a primeira vez que o movimento protesta em São Paulo contra serviços de telefonia. Ao longo do ano, o MTST realizou marchas para cobrar moradia e aprovação do Plano Diretor. Em alguns casos específicos, houve passeatas em apoio a metroviários e ao Movimento Passe Livre (MPL).
Agora, o MTST pede às operadoras mais antenas e investimentos na periferia de São Paulo, barateamento das tarifas e melhora do atendimento para cancelamento de planos. Eles também reivindicam da Anatel e do governo federal a reestatização das empresas e mais rigor na fiscalização, aplicação de multas e suspensão da venda de novas linhas de todas as operadoras até a realização de novos investimentos.

"Nós estamos fazendo manifestação para denunciar a qualidade precária e o custo da tarifa, o mais caro do mundo", afirmou Guilherme Boulos, um dos líderes do movimento.

Vias bloqueadas

Os protestos começaram cedo. O grupo interditou a Estrada do MBoi Mirim, na Zona Sul de São Paulo, afetando o funcionamento de 25 linhas de ônibus. Os coletivos ficaram lotados. Em seguida, seguiram para diversos pontos da cidade divididos em grupos. Segundo a Polícia Militar, cerca de mil pessoas participavam do protesto no início da manhã.
Às 11h, um dos grupos de manifestantes ocupou a sede da empresa Tim, localizada na Avenida Giovanni Gronchi. No mesmo horário, outro grupo que havia se concentrado no Metrô Vila Mariana ocupava o saguão do prédio da Anatel, na Vila Mariana. Outra frente fechou a Avenida Doutor Cardoso de Melo, na Vila Olímpia, onde fica a empresa Oi.

Às 11h20, manifestantes seguiram pela Zona Sul. Eles fecharam os dois sentidos da Avenida dos Bandeirantes, que foi liberada em seguida. Os manifestantes alcançaram, por volta das 11h30, a sede da empresa Claro, na Rua Flórida (Brooklin), onde houve tumulto com seguranças quando os manifestantes tentaram entrar no saguão. O protesto chegou também ao prédio da Vivo, na altura da Ponte do Morumbi.

Fonte: g1.globo.com

Por: Emella Simões | Imprimir