Categoria Geral  Noticia Atualizada em 16-07-2014

Imprensa portuguesa repercute acordo entre Oi e Portugal Telecom
Prazo para Rioforte quitar dívida e avanço de ações do BES e da PT ganharam destaque
Imprensa portuguesa repercute acordo entre Oi e Portugal Telecom

O acordo firmado entre Oi e Portugal Telecom (PT) para lidar com o calote de 847 milhões da Rioforte, holding do Grupo Espírito Santo, repercutiu na imprensa portuguesa, com destaque para o avanço das ações da PT e do Banco Espírito, para as mudanças implementadas para a futura CorpCo e as movimentações do Grupo Espírito Santo para lidar com suas dívidas.

O Diário de Notícias ressaltou que o atual CEO da PT, Henrique Granadeiro, não será mais vice-presidente da CorpCo. Outra matéria dava destaque ao prazo de sete dias que a Rioforte ainda tem para quitar os a dívida de 847 milhões de euros com a PT, em "um período de cura de sete dias úteis", além do vencimento dos 50 milhões de euros restantes da dívida, nesta quinta-feira (17), também sujeitos ao "período de cura".

O avanço de 6% das ações do Banco Espírito Santo (BES) e de 3% da Portugal Telecom, nesta quarta-feira (16), também ganhou destaque no Diário de Notícias, com o banco liderando os ganhos do principal índice de Portugal, seguido pela PT. O jornal também atribui o crescimento à declaração do governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, de que o BES está capitalizado, mas que, se for necessário, "há acionistas interessados em participar de aumento de aumento".

O jornal Público também destacou a conquista do acordo para concluir a fusão entre Oi e PT, ressaltando que esta receberá o valor em dívida da Rioforte pela Oi e também o forte avanço de ações dos envolvidos. "Com esta solução, a PT acredita que ganhará tempo para "minimizar a perda no valor da dívida da Rioforte" e, assim, concluir a fusão com a brasileira Oi", diz matéria.

Outra matéria do mesmo jornal, intitulada "Grandes empresas portuguesas com exposição de 5000 milhões ao GES", aponta que uma eventual insolvência de sociedades ligadas à família Espírito Santo pode contaminar, em graus diferentes, grandes empresas portuguesas, algumas listadas no principal índice da bolsa de Lisboa.

"Três bancos, a operadora de telecomunicações e duas empresas da economia real concederam empréstimos de cerca de 5000 milhões de euros a negócios de risco do Grupo Espírito Santo (GES). À medida que o tempo passa, vão-se conhecendo os credores diretos e indiretos do GES", diz a matéria do Público.

A declaração de Carlos Costa ganhou espaço em outra reportagem: "Para já, a mensagem do Banco de Portugal tem-se mantido a mesma, de que a situação de solvabilidade do BES é sólida, que foram tomadas medidas para evitar riscos de contágio ao banco resultantes do ramo não-financeiro do GES e que os depositantes não correm riscos", destacou o veículo português.

O Correio da Manhã também ressaltou em sua homepage que a Rioforte ainda tem um prazo de sete dias para quitar os 847 milhões de euros com a Portugal Telecom. A venda de ativos do Grupo Espírito Santo no Brasil também mereceu nota no site do jornal português, que informou que o grupo está em conversação para venda de ativos não financeiros no Brasil, na área de agricultura e energia, com base em reportagem do jornal brasileiro Valor Econômico.

Fonte: jb.com.br
 
Por:  Emella Simões    |      Imprimir