Categoria Geral  Noticia Atualizada em 16-07-2014

Criança que caiu em shopping segue em UTI e passará por nova cirurgia
Em Manaus, menino será submetido a cirurgia abdominal. Ao G1, médico disse que quadro teve "melhora satisfatória".
Criança que caiu em shopping segue em UTI e passará por nova cirurgia
Foto: g1.globo.com

O estado de saúde da criança de 5 anos que caiu do 3º andar do Shopping Ponta Negra, na Zona Oeste de Manaus, continua grave. Ele segue internado na Unidade de Terapira Intensiva (UTI) do Hospital Infantil João Lúcio. Mais cedo, o cirurgião-geral Luis Rosell afirmou ao G1 que o quadro da criança segue estável, mas com uma "melhora satisfatória". O menino será submetido, ainda nesta quarta-feira (16), a uma nova cirurgia abdominal. Segundo o novo boletim médico, divulgado às 11h20 desta quarta-feira (16), o menino está sedado. Na segunda (14), dia em que o acidente ocorreu, a criança passou pela primeira cirurgia, com sutura do fígado.

O acidente ocorreu por volta de 21h30 - 30 minutos antes de o centro de compras encerrar as atividades. Segundo testemunhas que estavam no local, a criança foi socorrida após cair do terceiro pavimento (L3) para o piso do primeiro andar, de uma altura de aproximadamente 15 metros. O menino estaria acompanhado da mãe.
O médico Luis Rosell, que ficará responsável pelo segundo procedimento cirúrgico, informou ao G1, na manhã desta quarta, que na primeira cirurgia a equipe médica fez reparos de danos causados por traumas no abdômen da criança. O cirurgião-geral informou ainda que aguarda resultados de exames para encaminhar o menino ao centro cirúrgico, onde deverá ser realizada uma Laparotomia, para a revisão da cavidade abdominal, destinada a verificar possíveis sangramentos.

"Ele teve um trauma no fígado. Fizemos a primeira abordagem para reparar danos primários e lesões mais graves. Hoje, vamos abordá-lo para uma revisão da situação e verificar se há lesões que possam ter ocorrido, o que é pouco provável", explicou o médico. De acordo com Luis Rosell, o procedimento não é simples devido à gravidade do trauma sofrido pela criança. Ele disse que não é possível precisar quanto tempo a cirurgia deve durar.
Sobre a evolução do quadro clínico do menino, o especialista informou que a equipe médica percebeu uma pequena melhora. "Estou na UTI neste momento [por volta de 10h] e falei com os médicos intensivistas. Eles relataram que ele [paciente] teve uma evolução satisfatória. Inclusive, a urina dele, que estava sanguenta, agora está mais clara. Isso mostra que o rim respondeu bem. Ele não teve lesão grave no rim, apenas contusão. A contusão à direita do pulmão está evoluindo, mas é pouco tempo para a gente dizer que ele está fora de perigo, mas ele está estável", disse.

De acordo com o boletim médico, divulgado no fim da manhã desta quarta-feira (16), o menino está sedado. O boletim informa ainda que ele recebe ventilação mecânica, porém se mantém estável, e não teve piora clínica. "Da parte neurológica, o paciente se mantém estável, sem necessidade de intervenção cirúrgica, com pupilas foto reagentes e reagindo a estímulos nervosos", diz a nota enviada pela assessoria de comunicação do Hospital João Lúcio.

Acidente

A direção do shopping ainda não se pronunciou sobre os detalhes do acidente. Logo após a queda, o G1 também tentou contato com familiares da criança, mas eles não quiseram falar com a imprensa.

Depois do acidente, a assessoria de imprensa do shopping informou que a criança foi atendida em estado consciente e encaminhada ao ambulatório do estabelecimento comercial, onde aguardou a chegada de médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), e depois foi encaminhada a um hospital na Zona Oeste.

Após os procedimentos na unidade hospitalar, a criança foi transferida para o Hospital e Pronto-Socorro Infantil João Lúcio. O menino chegou à unidade de saúde sedado, às 23h20.

Em nota enviada à imprensa na madrugada de terça (15), o Shopping Ponta Negra afirmou que "está acompanhando e prestando total apoio e assistência à criança e sua família, e ressalta que a maior preocupação é com o quadro de saúde do menor".

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Emella Simões    |      Imprimir