Categoria Geral  Noticia Atualizada em 21-07-2014

Mãe de bebê com "ossos de vidro" chora pelo filho internado
Pedro Henrique Sanches está na UTI de um hospital público, em Macapá. Declaração da mãe, de 14 anos, ocorreu em entrevista a TV Amapá
Mãe de bebê com
Foto: g1.globo.com

Rayana Sanches, de 14 anos, mãe do bebê Pedro Henrique Sanches, chorou ao falar da saudade que sente do filho, internado desde o nascimento, no dia 10 de junho, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Maternidade Mãe Luzia, em Macapá. A criança foi diagnosticada com osteogênese imperfeita, doença rara conhecida como "ossos de vidro". Ao nascer, o menino sofreu traumas na clavícula, tórax e no crânio e não tem previsão de receber alta, segundo informou a direção do hospital.
"Quero ver meu filho bem, perto de mim, aqui comigo. Sinto muita falta dele", relatou a mãe em entrevista a TV Amapá. Segurando uma ultrassom feita quando ainda estava grávida, a adolescente diz que o filho apresentou sintomas da doença no período de gestação.

O parto do menino foi feito na casa onde a família mora, em uma região de periferia de Macapá, no bairro Congós, Zona Sul da cidade. A avó do bebê, Maria das Dores Gonçalves, de 36 anos, sustenta os três filhos com a renda mensal de um salário mínimo. O pai do garoto, um jovem de 20 anos, está preso no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) pelo crime de roubo e não sabe do estado de saúde do filho.
Após receber alta da UTI, o acompanhamento médico de Pedro Henrique deverá ser feito fora do estado, segundo informou o diretor da maternidade Mãe Luzia, Acimor Coutinho. Ele acrescenta, que caso necessário um "tratamento fisioterapêutico e nutricional" para o bebê, o governo do Amapá entrará em contato com redes hospitalares de outras regiões do Brasil para viabilizar o processo.

"Ossos de vidro"

A osteogênese imperfeita é uma doença incurável que ocorre por uma deficiência na produção de colágeno, proteína que dá sustentação às células dos ossos, tendões e da pele. A enfermidade é rara e atinge cerca de 1 em cada 25 mil nascidos, segundo o diretor da maternidade de Macapá.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Gabrielly Rebolo    |      Imprimir