Categoria Geral  Noticia Atualizada em 21-07-2014

Forças leais a Kiev ganham terreno no Leste da Ucrânia
Confrontos nos arredores de Donetsk causaram pelo menos quatro mortos. Exército ucraniano impedido pelo Presidente de participar em acções a menos de 40 quilómetros do local do desastre do MH17.
Forças leais a Kiev ganham terreno no Leste da Ucrânia
Foto: publico.pt

A queda do MH17 na semana passada concentrou as atenções mundiais, mas os combates no Leste da Ucrânia não cessaram nos últimos dias. Esta segunda-feira, o exército ucraniano lançou uma ofensiva nos subúrbios de Donetsk, um dos últimos bastiões dos separatistas pró-Rússia.

No dia em que chegaram os primeiros investigadores holandeses para averiguar as causas da queda do Boeing 777 da Malaysia Airlines, que fez 298 vítimas, as forças leais a Kiev prosseguiram a "operação anti-terrorista", como é designada pelo governo. Na estação de comboios de Donetsk houve relatos de trocas de tiros de artilharia, de acordo com a AFP. Os habitantes do bairro foram aconselhados a manterem-se nas suas casas e alguns foram evacuados por um pequeno autocarro.

O correspondente da mesma agência relatou ter visto uma coluna de fumo no aeroporto de Donetsk, indiciando ter havido combates no local. Pelo menos quatro pessoas morreram, de acordo com os serviços de saúde locais. Os combates fizeram estragos na rede de distribuição de água, levando a empresa de abastecimento local a impor restrições, relatou a Interfax-Ucrânia. Segundo a Companhia de Águas do Donbass, as reservas actuais de Donetsk podem durar cinco dias no máximo.

A instabilidade também afectou o futebol no Leste da Ucrânia. Seis jogadores do Shakhtar Donetsk não embarcaram com a equipa após um jogo de preparação em França, no sábado. O presidente do clube, Rinat Akhmetov, disse esperar que "a cabeça e o coração prevaleçam sobre os mal entendidos" e que o grupo de cinco brasileiros e um argentino regresse à Ucrânia. O Shakhtar deverá deslocar as suas partidas para Kharkov, caso os combates prossigam durante a próxima época.

Decretado perímetro de segurança

Para evitar interferir com as investigações à queda do MH17, o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, proibiu o exército de lançar ofensivas num raio de 40 quilómetros em torno do local onde caiu a aeronave, o que não impede acções em Donetsk, que se situa a 60 quilómetros.

Fonte: publico.pt
 
Por:  Emella Simões    |      Imprimir