Categoria Geral  Noticia Atualizada em 22-07-2014

Entidade da aviação pede que governos reavaliem riscos do espaço aéreo
Os governos deveriam assumir a liderança na revisão de como é feita a avaliação de risco do espaço aéreo, disse nesta terça-feira o dirigente da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), depois que companhias aéreas pediram
Entidade da aviação pede que governos reavaliem riscos do espaço aéreo
Foto: br.reuters.com

A questão de voos sobre zonas de conflito entrou em foco após o voo MH17 da Malaysia Airlines ter sido derrubado sobre território controlado pelos rebeldes no leste da Ucrânia na quinta-feira passada. As companhias aéreas Emirates e Lufhtansa pediram uma cúpula internacional para discutir como o setor avalia os riscos.

"Nenhum esforço deve ser poupado para garantir que esse ultraje não se repita", disse o diretor-geral da Iata, Tony Tyler, em comunicado nesta terça-feira. A Iata, com sede em Genebra, representa cerca de 200 companhias aéreas mundiais.

"Os governos precisam assumir a liderança na revisão sobre como é feita a avaliação dos riscos do espaço aéreo", ele disse, acrescentando que o setor vai apoiar os governos, por intermédio da Organização Internacional de Aviação Civil (Icao, na sigla em inglês), referindo-se ao braço de segurança aérea da ONU.

A Iata afirmou que cabe aos governos e às autoridades de controle de tráfego aéreo fornecerem informações sobre rotas e restrições, ressaltando que o MH17 estava usando uma rota que estava aberta.

"O avião da Malaysia Airlines era um jato comercial claramente identificado", disse Tyler. "E ele foi derrubado --em total violação das leis internacionais, normas e convenções-- enquanto transmitia a sua identidade e presença em um corredor aéreo aberto e movimentado, a uma altitude considerada segura."

Embora as companhias aéreas voem regularmente sobre zonas de conflito como o Iraque e o Afeganistão, e o céu da Ucrânia seja uma importante rota da aviação entre Europa e Ásia, a derrubada chocou o setor e desencadeou pedidos de reconsideração sobre a avaliação das ameaças para aviões de passageiros voando a milhares de metros de altitude.

A Malaysia Airlines redirecionou um voo para o espaço aéreo da Síria no domingo, após seu caminho habitual sobre a Ucrânia ter sido fechado, o que reflete os desafios que companhias aéreas enfrentam em encontrar rotas livres de conflitos entre a Ásia e a Europa.

Fonte: br.reuters.com
 
Por:  Emella Simões    |      Imprimir