Categoria Geral  Noticia Atualizada em 24-07-2014

Polícia Federal deflagra operação contra a Telexfree
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão na sede e residências dos sócios da Ympactus, que representava a marca no país
Polícia Federal deflagra operação contra a Telexfree
Foto: g1.globo.com

A Polícia Federal, com auxílio de auditores da Receita Federal, deflagraram, na manhã desta quinta-feira (24), a Operação Orion com o objetivo de investigar crimes financeiros relacionados às atividades da Telexfree. Os policiais cumpriram nove mandados de busca e apreensão na sede da empresa Ympactus Comercial, que representa a marca Telexfree no Brasil, e residências de sócios da companhia. A Justiça Federal também expediu ordem de sequestro dos bens de investigados, que também estão proibidos de deixar o país.

De acordo com o delegado Rodrigo de Luca, responsável pelas apurações, a operação resultou na apreensão de documentos contábeis, cópias de contratos, além de veículos e dinheiro em espécie. Segundo ele, os sócios da Ympactus – de propriedade de Carlos Costa, que teve a ordem de prisão decretada pela Justiça americana – são acusados de crimes contra o sistema financeiro e contra a economia popular – conhecido como escândalo de pirâmide. "Temos a impressão de que essa é uma das maiores fraudes já registradas", afirmou em entrevista concedida à Rádio CBN Vitória.

O delegado explicou que o esquema da Telexfree pode ser considerado como "pirâmide" devido à natureza do negócio. "Eles oferecem o serviço VoIP (telefonia via internet), mas a pessoa não fazia uso. O rendimento dos investidores era baseado na entrada de novos divulgadores. Sem a inclusão de novas pessoas ao esquema, a tendência é dessa pirâmide desmoronar", reforçou. Ele explicou que as investigações podem evoluir para a análise da ocorrência dos crimes de formação de quadrilha, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

Os mandados foram expedidos pela 1a Vara Federal Criminal de Vitória/ES, que também determinou medidas cautelares alternativas à prisão aos sócios da empresa, como proibição de se ausentarem do país e comparecimento mensal à Justiça Federal, bem como o sequestro de bens imóveis, o bloqueio de contas bancárias e a suspensão de atividades econômicas da Telexfree no Brasil. Além disso, a Justiça Federal autorizou a participação de Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil na fase ostensiva da operação.

Segundo informações da PF, o nome da operação faz alusão às Grandes Pirâmides da Planície de Gizé no Egito tendo em vista que as Pirâmides do Egito estão perfeitamente alinhadas à constelação Orion. A operação contou com a participação de 50 policiais federais e 18 auditores da Receita Federal.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Gabrielly Rebolo    |      Imprimir