Categoria Geral  Noticia Atualizada em 24-07-2014

Professor é preso por suspeita de agir como black bloc
Ele foi o 5º ativista detido neste ano pela Polícia Civil, diz delegado-geral. Quatro manifestantes continuam presos; um outro foi solto na quarta-feira.
Professor é preso por suspeita de agir como black bloc
Foto: g1.globo.com

Um professor de 30 anos foi preso pela Polícia Civil de São Paulo, na manhã desta quinta-feira (24), sob suspeita de adotar a tática black bloc em atos violentos realizados neste ano na capital.

De acordo com o delegado-geral Luiz Maurício Souza Blazeck, Jefte Rodrigues do Nascimento foi detido por depredar uma agência bancária e uma concessionária de veículos em 19 de junho durante ato do Movimento Passe Livre (MPL).
"O professor Jefte Rodrigues do Nascimento foi preso em cumprimento a mandado judicial", disse Blazeck ao G1. "Ele será ouvido pelos policiais sobre provas contra ele, como imagnes de câmeras de segurança que mostram ele participando de atos violentos", afirmou o delegado-geral.

A equipe de reportagem não conseguiu localizar o detido para comentar o assunto. Também não há informações se ele constituiu advogado para defendê-lo.
A prisão foi feita pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), da Polícia Civil, que além de cumprir o mandado de prisão temporária autorizado pela Justiça, teve autorização judicial para realizar busca e apreensão na residência do detido, na Fazenda da Juta, Zona Leste de São Paulo.

Segundo a equipe de reportagem apurou com policiais civis, Jefte estudou na Unicamp e atualmente daria aulas de inglês e português na Escola Estadual Professor Aroldo de Azevedo, no Jardim Planalto, Zona Leste da capital.

Jefte foi o quinto ativista suspeito de ser black bloc preso pelo Deic, desde que o departamento passou a investigar os adeptos do movimento que prega a depredação do patrimônio público e privado e ataques a policiais militares como formas de protesto.

Jefte Rodrigues do Nascimento, 30
O professor Jefte é investigado no inquérito que apura associação criminosa e dano qualificado durante as manifestações. De acordo com investigadores, ele é suspeito de participar da depredação à agência do City Bank, na Avenida Rebouças, no dia 19 de junho. Também é apurado se ele participou da depredação a uma concessionária de carros de luxo no mesmo dia.

Naquela ocasião, o protesto havia sido convocado pelo Movimento Passe Livre (MPL) em comemoração a um ano da revogação do valor da tarifa do transporte público de R$ 3,20 para R$ 3. O ato também pedia tarifa zero.

Ainda segundo policiais, Jefte também participou de atos violentos na abertura da Copa do Mundo, dia 12 de junho, em São Paulo, e em outros protestos realizados em março, fevereiro e janeiro.

Dos cinco detidos pelo Deic, quatro estão presos, incluindo Jefte, e um foi solto provisoriamente na noite de quarta-feira (23).

Veja abaixo quem são os outros três investigados, além de Jefte, que continuam presos

Rafael Marques Lusvarghi, 29
Detido preventivamente por decisão judicial até um eventual julgamento, Rafael está preso no 8º Distrito Policial, Brás, Zona Leste.
O professor de inglês, assistente de help desk e ex-policial militar é réu no processo no qual é acusado de associação criminosa armada, resistência e posse de artefato explosivo em 23 de junho, durante manifestação contrária aos gastos públicos com o mundial de futebol, na Avenida Paulista, região central da capital. Naquela ocasião, ele foi pego em flagrante pela Polícia Militar (PM).

Ainda segundo o inquérito policial, o professor estava com coquetel molotov e um frasco de iogurte "com cheiro de combustível". E o estudante escondia na bolsa um "artefato incendiário de fabricação rudimentar".



Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Gabrielly Rebolo    |      Imprimir