Categoria Geral  Noticia Atualizada em 28-07-2014

Família diz estar há 26 anos na lista da moradia em SP
Artesã fez cadastro na Cohab em 1988. "Já envelheci. Meu marido também", diz mulher que espera casa própria.
Família diz estar há 26 anos na lista da moradia em SP
Foto: g1.globo.com

A família da artesã Dalva Maria de Souza afirma que espera desde 1988 a chance de ganhar uma casa própria em São Paulo. Ela entrou na fila da habitação em janeiro daquele ano e todos os anos consulta o governo municipal para ser informada de que ainda não chegou sua vez. "Já envelheci. Meu marido também. Cada vez que o contrato de aluguel vence cobram mais", diz.

O Ministério Público de São Paulo e a Defensoria Pública pedem à Prefeitura a divulgação da lista com o nome das pessoas que estão na fila da habitação na cidade. "É preciso que a administração tenha transparência. Para que não se levante suspeita de que há privilégio. Porque isso seria extremamente greve", afirma o promotor Maurício Antonio Ribeiro Lopes.
O pedido da Defensoria Pública foi feito em maio, e a Prefeitura pediu prazo até novembro para divulgar a lista.

A solicitação acontece no momento em que São Paulo vive constantes manifestações promovidas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). A Prefeitura aceitou fazer mudanças na legislação para permitir que alguns terrenos possam receber projetos habitacionais.
Na semana passada, a Secretaria Municipal de Habitação de São Paulo informou que estuda a viabilidade de desapropriar terrenos indicados pelo MTST. Em relação a um terreno no Campo Limpo, a gestão municipal diz que verifica a possibilidade de decretar DIS (Decreto de Interesse Social) para um terreno na região do Campo Limpo, na Zona Sul da cidade, e repassá-lo ao Programa Minha Casa Minha Vida – Entidades.
A Prefeitura foi procurada no final de semana para comentar o caso da artesã, mas ninguém atendeu à solicitação do Bom Dia Brasil.


Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Gabrielly Rebolo    |      Imprimir