Comediante criou e popularizou um idioma próprio: mé, forévis, cacildis.
Junto com Os Trapalhões, fez quase 30 filmes e se consagrou na TV.
Foto: www.maratimba.com Ele criou um idioma só dele, mas muita gente é fluente no "mussunês". As terminações engraçadas foram parar em camisetas, memes na internet e até no Diário Oficial de Alagoas, que estampou um trecho cheio de citações mussúnicas: "Suco de cevadis é um leite divinis". O personagem, aliás, não dispensava uma gelada – os copos de cerveja eram chamados carinhosamente de "ampolas" – e, claro, o famoso "mé".
Comediante de tempos em que o humor passava longe do politicamente correto, Mussum fazia graça de bar em bar não só na questão da bebida. As piadas com a cor da pele também eram comuns e tudo ficava no campo da brincadeira. Difícil imaginar que um cara tão engraçado passou oito anos como militar da Aeronáutica e tinha um diploma de mecânico.
Ele passaria longe dos motores e da graxa. Sua vocação era fazer rir, mas ele demorou a assumir, dizia que era só músico. Mussum cantava e tocava tamborim e reco-reco. Ficou conhecido com o grupo Originais do Samba, que emplacou vários sucessos. O samba, aliás, era sua grande paixão. Mangueirense de coração, tinha o ritmo na ponta dos pés e da língua. Foi diretor de harmonia da ala das baianas da escola verde-e-rosa. Na arquibancada, era rubro-negro fanático.
Apelido veio de um peixe
Mussum não trocava de escola de samba e de time de futebol, já de mulher... Ele teve cinco filhos, cada um de uma mãe diferente. O apelido dado pelo amigo Grande Otelo não foi à toa. Mussum é um peixe para lá de escorregadio. Os amigos são unânimes nos elogios. Antônio Carlos Bernardes Gomes era um sujeito carismático e educado.
Fonte: Redação Maratimba.com
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