Categoria Vírus & Cia  Noticia Atualizada em 30-07-2014

TJ decide se pai congelado por filha após morte em 2012 será
Corpo do engenheiro da FAB está congelado há mais de 2 anos no EUA. Briga judicial entre herdeiras discute se pai queria ou não se congelado.
TJ decide se pai congelado por filha após morte em 2012 será
Foto: www.maratimba.com

Está marcada para o início da tarde desta quarta-feira (30), na 7ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, mais uma etapa da briga judicial entre as três filhas de Luiz Felipe Dias de Andrade Monteiro, engenheiro da Força Aérea Brasileira (FAB), congelado após a morte, em fevereiro de 2012, pela caçula, Lígia Cristina Mello Monteiro.
Desde o início do processo, Lígia disse que atendia a uma vontade do pai, que, assim como ela, acredita na possibilidade de, no futuro, ser possível que ele volte à vida. As duas irmãs mais velhas entraram na Justiça para reverter o quadro e dizem acreditar que ele gostaria de ser enterrado.
Nesta quarta, cinco desembargadores do TJ vão julgar os embargos infringentes, recursos impetrados pela defesa de Denise e Carmem Monteiro contra a decisão da junho de 2012, que autorizou o envio do corpo do engenheiro para os Estados Unidos. Congelado com o uso da técnica conhecida como "criogenia", que utiliza nitrogênio líquido para resfriá-lo e preservá-lo, o corpo está nos EUA há dois anos.
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A advogada Renata Mansur, que representa Lígia, disse que o julgamento desta quarta deverá discutir a vontade do engenheiro em ser congelado após a morte. Ele não deixou documento por escrito explicando a decisão por desconhecimento jurídico, segundo a advogada. No entanto, explica que prevalece a prova testemunhal da filha Lígia, que viveu com ele durante 34 anos.
As outras duas filhas moram no Rio Grande do Sul e, por isso, segundo a advogada, não sabiam do desejo do pai de ser congelado. "Se não existe nada por escrito e se as irmãs mais velhas não conviviam com ele, vale o testemunho da filha que vivia ao lado do pai", disse Renata.
Para o advogado Rodrigo Marinho Crespo, que defende as irmãs mais velhas, o julgamento é decisivo. Ele disse que espera ganhar e conseguir expatriar o corpo do engenheiro para a realização do enterro no Brasil. No entanto, Crespo reconhece que a batalha judicial poderá continuar já que ainda cabem recursos em instâncias superiores.
Esperança de trazer o pai de volta
Na época da divulgação do caso, o Fantástico ouviu Lígia Cristina, do segundo casamento de Luiz Felipe. Como o pai, Ligia acredita que com o avanço da ciência será possível trazê-lo de volta à vida em algumas décadas. "Já pensou ter a oportunidade de, daqui a 30 ou 40 anos, poder rever meu pai?", indaga Ligia. "Não tem provas de que isso pode acontecer, mas é um sonho", complementa.

Fonte: Redação Maratimba.com
 
Por:  Larissa Carrijo    |      Imprimir