Categoria Geral  Noticia Atualizada em 31-07-2014

Após registros de violência, escolas de Ituiutaba investem
Patrulha da PM também intensificou monitoramento nas instituições. Nos últimos 2 anos, 500 casos de violência nas escolas foram registrados.
Após registros de violência, escolas de Ituiutaba investem
Foto:g1.globo,com

Preocupados com a segurança dos alunos, escolas de Ituiutaba têm investido em sistema de monitoramento nas instituições. Além disso, a patrulha da Polícia Militar (PM) também intensificou a fiscalização nos últimos dias.

Recentemente, o G1 acompanhou casos de violência e vandalismos na cidade. No dia 22 de julho um adolescente de 17 anos foi morto pela polícia após invadir a Escola Municipal Machado de Assis em Ituiutaba e fazer uma aluna refém. Em março, estudantes da Escola Estadual Maria de Barros aproveitaram a hora do recreio para trancar nove professores em uma sala de aula. Segundo o Conselho Tutelar de Ituiutaba, mais de 500 casos de violência envolvendo a comunidade escolar foram registrados nos últimos dois anos. Vídeos feitos por alunos mostram as agressões e confusões na cidade.

Em uma escola particular, seis câmeras registram imagens que vão direto para uma TV que fica na secretaria. Além da segurança, os equipamentos ajudaram a solucionar alguns casos na área externa do colégio. "Nossa preocupação maior são com os estranhos. As câmeras já registraram dois roubos na parte externa do colégio, o que ajudou a polícia na identificação dos criminosos", lembrou a empresária e diretora Gisele Menezes.

Na rede pública, a Escola Estadual João Pinheiro é a primeira da cidade a instalar o sistema de monitoramento. São 16 câmeras nos quatro cantos do prédio. Logo na entrada, duas câmeras estão apontadas para a rua. A janela da secretaria tem grades e o portão fica fechado o tempo todo. Para entrar é preciso permissão e, daí para frente, todos os passos são monitorados.

No início a implantação do sistema de monitoramento sofreu algumas resistências. "O objetivo é coibir vandalismos e furtos. A escola hoje é mais segura. Antes não havia nada. Alguns foram contra, mas nós já tínhamos uma visão de futuro do que poderia acontecer se não houvesse o monitoramento", observou o diretor Henrique Vidigal.
A professora Isabel Cristina tem um neto que estuda na escola João Pinheiro. "As câmeras trazem segurança para os profissionais, alunos e familiares", comentou.

Policiamento

Segundo o tenente Alexandro Washington, a PM faz patrulhamento através de um geoprocessamento dos horários e locais das ocorrências nas escolas e, com base nos dados, a equipe vai até o local. "Mas além disso, pedimos aos pais e comunidade que fiscalizem a rotina dos filhos, desde o percurso até a escola, quanto aos contatos na internet. E quando notarem atitudes estranhas, as denúncias podem ser feitas via 181 ou 190", reforçou.

Aluna feita refém

No dia 22 de julho, um adolescente de 17 anos foi morto pela polícia após invadir a Escola Municipal Machado de Assis e fazer uma aluna refém. Segundo a assessoria de comunicação da Polícia Militar, o rapaz estava bastante exaltado e chegou a ferir um polícial militar e a garota, o que resultou na reação da polícia em disparar contra ele.

Na época, a subsecretária municipal de Educação, Alciene Franco, afirmou que no momento do ocorrido havia cerca de mil alunos na instituição e que o local foi interditado. Sobre o apoio da polícia, ela disse que existe a Patrulha Escolar. "O município conta com este trabalho que dá suporte às escolas, porém é realizado nos horários de entrada e saída dos alunos. Mas na escola mesmo, temos o porteiro", explicou.

Por meio de nota da Prefeitura, a Secretaria Municipal de Educação, Esporte e Lazer informou que a escola conta com um portão que fica trancado durante o período de aula, bem como com um porteiro que fica no local em tempo integral, contudo, o jovem pulou o muro em local não vigiado, mas que a direção da escola também avaliará essa situação.



Fonte: g1.globo,com
 
Por:  Gabrielly Rebolo    |      Imprimir